17/12/2014 09:00:08
Brasil
Estados que não atingiram meta devem continuar vacinando contra pólio e sarampo
Orientação é do Ministério da Saúde. As vacinas contra o sarampo e a poliomielite estão disponíveis em 35 mil postos espalhados pelo País
Portal BrasilEstados que não atingiram meta devem continuar vacinando contra pólio e sarampo
Todo Segundo

O Ministério da Saúde orienta estados e municípios que ainda não alcançaram a meta de vacinar 95% das crianças contra sarampo e poliomielite a prorrogarem a campanha até 31 de dezembro.

A medida visa a proteção de cerca de 1,5 milhão de crianças contra a poliomielite e 1,8 milhão contra sarampo, que ainda não foram aos postos de saúde.

A campanha nacional terminou na última sexta-feira (12) com 11,2 milhões de crianças vacinadas contra poliomielite, atingindo 88,04% do público-alvo, e 9,1 milhões contra sarampo, o que representa 82,9% de cobertura.

A iniciativa busca manter a erradicação da poliomielite e garantir a eliminação do sarampo no Brasil. O Estado do Espírito Santo foi o único que ultrapassou as metas das duas vacinas, com 96,57% das crianças vacinadas contra sarampo e 96,94% contra poliomielite, de acordo com dados desta segunda-feira (15). O Ceará também bateu a meta contra sarampo (108,6%).

Desde o início da vacinação, em 8 de novembro, 2.858 municípios vacinaram mais de 95% das crianças contra sarampo e 3.075 atingiram a meta contra a poliomielite. As vacinas estão disponíveis nos 35 mil postos de vacinação espalhados pelo País.

A imunização contra poliomielite é destinada a 12,7 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos de idade incompletos. A medida tem como objetivo manter o Brasil livre desta doença, que não apresenta casos de pólio desde 1990.

Já a vacinação contra o sarampo é voltada para crianças entre um e cinco anos de idade (incompletos). Devem ser vacinadas 10,9 milhões de crianças com a tríplice viral. Além de imunizar contra o sarampo, a vacina também garante a proteção contra a rubéola e a caxumba. “Não podemos perder essa oportunidade de reforçar a imunização das crianças contra o sarampo e a poliomielite. Pais e responsáveis devem procurar um posto de saúde mais próximos para vacinar seus filhos”, orienta o  ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Alergia

Para as crianças com alergia à proteína do leite de vaca, a vacinação contra sarampo ocorrerá posteriormente. O Ministério da Saúde já orientou as secretarias estaduais e municipais de saúde que evitem vacinar essas crianças com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India Ltd. A iniciativa é uma medida de precaução, devido à presença do componente lactoalbumina hidrolisada nas doses fornecidas pelo laboratório.

Para garantir a vacinação correta, os pais ou responsáveis que levarem as crianças aos postos de saúde, serão questionados sobre uma possível alergia à proteína do leite de vaca. Caso a criança não tenha registro prévio de alergia, ela receberá a dose normalmente.

Poliomielite

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

Embora, atualmente, o Brasil esteja livre da poliomielite, é fundamental a continuidade das campanhas de vacinação para evitar a reintrodução do vírus no País.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 10 países registraram casos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

Sarampo

O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.

As complicações - como otite, pneumonia, diarreia, entre outras - contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção também é por meio da vacina.

Os últimos registros de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença, de acordo com a OMS.

Cabe ressaltar que, com o fluxo de turismo e comércio entre os países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a importância da imunização.

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