A fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aumentou de 930 mil para 1,2 milhão entre dezembro de 2022 e março de 2023, segundo o último dado do Boletim Estatístico da Previdência Social. O crescimento é de 29,03%.
Dentre os motivos da espera pela perícia estão auxílio por incapacidade de trabalho, pensão por morte e concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago às pessoas com deficiência e a idosos de baixa renda.
O tamanho da fila do INSS contraria a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que liquidaria a espera caso fosse eleito.
Em abril, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para pedir verbas para cumprir a promessa de campanha eleitoral e acabar com as filas de concessão de benefícios.
De acordo com Lupi, para zerar a fila, o governo precisa suplementar o orçamento e conceder até 900 mil benefícios a mais do que o previsto para 2023. "Teremos que encontrar uma solução para o pagamento", declarou Lupi no dia da reunião.
Falta servidor e médico perito
O ministro justificou que um dos motivos para a demora é a falta de servidores para analisar o valor dos benefícios, que é variável de acordo com o caso. Além disso, ele também citou a carência de médicos peritos como um dos gargalos da pasta.
A pasta informou que estuda a melhor maneira de realizar mutirões de atendimento e as localidades que serão priorizadas. "Em breve, devem ser anunciadas mais informações sobre a ação. Até o fim do ano, esperamos reduzir o prazo para concessão de benefícios para 45 dias", afirmou.
Atualmente, os beneficiários esperam, em média, 67 dias para terem acesso a aposentadoria, podendo chegar a até 159 dias para outros benefícios, como pedidos de auxílio para acidentes de trabalho. Pela lei, o tempo médio de espera para concessão dos benefícios deve ser de 45 a 60 dias.
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