23/09/2015 08:06:55
Brasil
Globo esqueceu a "Casa Civil do Lula", o "ápice" do Mensalão e Petrolão
Rede Globo cortou fala de procurador que apontou "ápice" da organização criminosa do Petrolão: a Casa Civil de Lula
DivulgaçãoGlobo esqueceu a "Casa Civil do Lula", o "ápice" do Mensalão e Petrolão
Todo SegundoNa noite de segunda-feira (21), o Jornal Nacional exibiu matéria sobre a operação Nessum Dorma, a 19ª parte da Lava Jato, deflagrada ontem, que prendeu o chefe da empreiteira Engevix e João Augusto Henrique Rezende, apontado como um dos operadores do PMDB no escândalo da Eletronuclear. Mas o canal aberto parece ter esquecido um fato grave.

Além das prisões, a matéria do JN, depois reproduzida no Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil no dia seguinte, mostrou a coletiva de imprensa dos procuradores federais, em Curitiba, encarregados da Lava Jato. Por volta dos 50 segundos, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa que investiga a roubalheira à Petrobras, fala que os escândalos do Mensalão, Petrolão e Eletronuclear são todos conexos: “Dentro delas está a mesma organização criminosa. E no ápice desta organização estão pessoas ligadas aos partidos políticos”, a matéria corta para a repórter, que continua a matéria normalmente.

No entanto, uma hora antes, o Jornal da Band de segunda-feira exibiu a mesma matéria sobre a Nessum Dorma e a mesma fala do procurador, desta vez, completa: “Dentro delas está a mesma organização criminosa. E no ápice desta organização estão pessoas ligadas aos partidos políticos e, não tenho dúvida nenhuma, à Casa Civil [pausa] do Governo Lula”.

Nem Globo, nem Band, se atentam para o fato de que o procurador da República, encarregado da investigação da Lava Jato afirmou, sem sombra de dúvidas, que a origem de todos os maiores escândalos de corrupção da história está na Casa Civil do Governo Lula.

A Casa Civil de Lula, entre 2003 e 2010, foi ocupada por José Dirceu, condenado no Mensalão e também no Petrolão, pela atual presidente Dilma Rousseff, por Erenice Guerra, enrolada em escândalos de favorecimento e nepotismo, e finalmente por Carlos Eduardo Esteves Lima, engenheiro que chegou a ocupar cargos no governo Fernando Henrique.

Do Diário do Poder

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