Reprodução/TV GloboHuck e Angélica relatam pânico no avião e desespero do filho

Depois do acidente aéreo na manhã do último domingo (24), Luciano Huck e Angélica falaram ao Jornal Nacional sobre os momentos de pânico que viveram antes do pouso de emergência em uma área de pastagem em Rochedo, no Mato Grosso do Sul.

Abatida, Angélica contou ao repórter que não conseguiu dormir depois do episódio que, segundo os dois, foi “o renascimento de toda a família”. Huck falou sobre o desespero da mulher e dos filhos assim que o avião começou a apresentar problemas.

— Quando a gente estava a uns 15 minutos fora de Campo Grande, estava sentado eu, Benício do meu lado, Joaquim na minha frente. Angélica, as duas babás e a Eva estava brincando pelo avião. E aí, o avião mudou o barulho e deu uma ‘bundadinha’ de lado. Comece a trocar ideia com o comandante, e ele disse que ficou sem um motor. Neste momento, esta daqui [Angélica] se desesperou.  Estava gritando muito já. O meu mais velho, Joaquim, estava gritando muito. O Benício estava tenso, quieto, mas a Angélica gritava muito e dizia: "eu quero que pouse!".

A apresentadora lembrou que, neste momento, o marido, muito pálido, avisou que eles não iriam conseguir pousar.

— Ele falou: “a gente vai cair, abaixa”. Quando eu olhei e vi que a gente estava caindo, meu filho gritava muito: “eu não quero morrer”.

Emocionada, Angélica contou o que sentiu neste momento.

— Passou na minha cabeça que a gente ia se machucar muito ou morrer. Passou na minha cabeça rápido que a gente não se machucasse. Fez um silêncio na cabine, enquanto ele estava batendo no chão, a primeira batida, a segunda, a terceira, era um barulho ensurdecedor, mas assim, um silencio muito grande no coração, sabe? A gente quando estava batendo ali, a lembrança que eu tenho é de que a gente estava, eu não sei, como a gente tivesse morrendo mesmo, um silêncio, uma coisa estranha.

Huck, que sofreu uma pequena fratura da décima primeira vértebra torácica, contou que ainda está sentindo muita dor, e relembrou os instantes logo após o acidente.

— Eu estava com muita dor nas costas, mas eu sabia que não podia esmorecer porque eu sabia que tinha que resolver aquilo até estar todo mundo bem. A Angélica a gente sabia que era alguma coisa dentro porque ela chorava muito, ela não sabia andar, se retorcia toda, ela estava muito nervosa e as crianças bem. A Eva chorava muito, a gente achou que ela tinha se machucado por dentro, ela estava com uma marca na lateralzinha, mas foi a babá que apertou muito ela. E o Joaquim inchou o rosto na hora, mas porque bateu na janela. A gente chegou no hospital e eu falei: “a gente caiu de avião agora”. O hospital estava lotado, mas eu estava feliz, o que a gente passou aqui, a gente estava bem, nossos filhos também, e estamos aqui para contar.

Angélica sofreu uma lesão na musculatura da parede abdominal e pélvica e um estiramento muscular na região da cervical, e contou que ainda chora muito com o trauma.

— Apanhei ontem, toda doída, mas tão feliz, de estar viva, de estar bem, mas vou ter que ficar um pouquinho de molho... Mas, pelo que foi, a gente tem só que dizer que a gente está muito bem. Acho que, hoje, o que a gente tem que curar mais é o emocional, porque eu sou chorona. Eu ainda não consegui dormir, porque eu fecho o olho e fico vendo tudo de novo, fica passando como se eu tivesse assistido um filme.

Huck concordou com a mulher.

— As cenas são muito reais, muito fortes. Nunca tinha tido uma cena recorrente, que você fecha o olho e vê ela.

Luciano Huck e Angélica receberam alta médica na noite desta segunda-feira (25), confirmou o Hospital Albert Einstein. O casal passou por uma série de exames e já está liberado para voltar para casa, no Rio de Janeiro.

Do R7

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