A juíza federal Gabriela Hardt determinou, no começo da noite desta quinta-feira (17), a prisão do ex-ministro petista José Dirceu de Oliveira e Silva, horas após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região rejeitar o último recurso disponível.
"Considerando-se que o defensor de José Dirceu de Oliveira e Silva peticionou informando que ele pretende se entregar, deverá ele apresentar-se à carceragem da Polícia Federal em Brasília no dia 18/05/2018, até às 17 horas, ocasião na qual a autoridade policial deverá cumprir o mandado", ressaltou a magistrada.
Agora que foram encerrados os recursos de Dirceu na segunda instância, a Justiça entendeu que pode dar início ao cumprimento da pena de 30 anos e 9 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa, em um processo que investiga o pagamento de propinas da empreiteira Engevix a políticos e diretores da Petrobras.
Dirceu estava solto desde maio de 2017, por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a prisão preventiva determinada pelo juiz Sérgio Moro.
Antes disso, o ex-ministro de Lula havia ficado na cadeia por cerca de dois anos.
As investigações apontaram que Dirceu esteve envolvido em casos de corrupção e lavagem de dinheiro de aproximadamente R$ 46 milhões. "Uma pequena parcela" foi recuperada, salientou a magistrada.
A Justiça também determinou a prisão do empresário Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, ex-aliado de Dirceu que chegou a fechar acordo de delação premiada. No entanto, ele foi perdeu os benefícios após apresentar versões de fatos conflitantes.
Ambos ainda poderão entrar com recursos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF.
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