Agência BrasilJustiça nega pedido de liberdade de Nestor Cerveró Todo SegundoA Justiça Federal negou, nesta sexta-feira (16), pedido de habeas corpus da defesa do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele está preso desde a última quarta-feira (14) por suspeita de envolvimento em crimes investigados pela Operação Lavo Jato.
A decisão de segunda instância é do desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF (Tribunal Regional Federal) em Porto Alegre (RS). O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, disse que vai entrar com recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na próxima segunda-feira (19).
O Ministério Público Federal afirmou que Cerveró foi preso preventivamente devido a indícios de que continuaria "a praticar crimes, como a ocultação do produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares".
ExtratoDe acordo com informações do Estadão Conteúdo, a defesa de Cerveró apresentou à Justiça Federal um extrato bancário para tentar provar que não chegou a sacar R$ 463 mil de seu fundo de previdência para uma da filha, em 16 de dezembro do ano passado, antes de viajar para a Inglaterra.
A movimentação financeira foi considerada suspeita pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e serviu de base para a força tarefa da Lava Jato pedir a prisão do ex-diretor. Ele foi detido ao chegar da viagem que fez a Londres com a mulher, por agentes da Polícia Federal.
A PF e a Procuradoria da República avaliam a operação como uma tentativa de ocultação de patrimônio. Relatório de Inteligência Financeira do Coaf mostra que Cerveró solicitou no dia 16 de dezembro o resgate de uma aplicação em um fundo de previdência privada do banco Itaú, em seu nome, um dia antes de virar réu do esquema de corrupção e desvios na Petrobras.
Do R7