15/09/2015 19:06:19
Brasil
Lava Jato: 15 investigados se tornam réus
Entre os que passam a responder formalmente pelos crimes estão Duque, Vaccari, Pascowitch, Barusco e Dirceu
Paulo Lisboa/FolhapressLava Jato: 15 investigados se tornam réus
Todo SegundoDa BandNews FM

A Justiça Federal do Paraná aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e tornou réus nesta terça-feira 15 investigados na Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Entre os que passam a responder formalmente pelos crimes, estão o ex-diretor da estatal Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o lobista Milton Pascowitch, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.

José Dirceu está preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Paraná, para onde foi transferido no dia 2. A transferência foi autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato, a pedido do próprio petista.

Antes, Dirceu estava preso desde o início do mês passado na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

O ex-ministro da Casa Civil foi indiciado por quatro crimes relacionados à suposta participação dele nas irregularidades investigadas pela operação: formação de quadrilha, corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O ex-ministro é apontado por investigadores que atuam na Lava Jato como um dos líderes do esquema de corrupção. Segundo os procuradores da operação, Dirceu instituiu o esquema de corrupção na Petrobras na época em que comandou a Casa Civil, durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirceu, que foi um dos homens fortes do governo Lula, é acusado de receber propina de fornecedores da Petrobras, inclusive na época em que estava preso em Brasília pela condenação pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão, esquema de compra de apoio político no Congresso no primeiro mandato de Lula.

Além de Dirceu, outras 13 pessoas, entre elas Vaccari e Duque, foram indiciadas pela Polícia Federal no mesmo inquérito, referente à 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco, em referência ao nome que seria usado pelos acusados para tratar da propina.

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