O TSE (Tribunal Superior Eleitoral ) diplomou, nesta segunda-feira (12), o presidente e o vice-presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente. A cerimônia marca o fim do processo eleitoral e é o último passo antes da posse, marcada para 1º de janeiro de 2023.
O evento contou com a presença de chefes de outros poderes, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Os ex-presidentes da República Dilma Rousseff e José Sarney estavam na solenidade, assim como ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Futuros ministros já anunciados por Lula também estavam presentes, como Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil). Nesta semana, o petista deve anunciar mais nomes para chefiar outros ministérios.
No início do seu discurso, Lula se emocionou e lembrou a primeira vez que foi diplomado presidente do Brasil, em 2002. “Quero agradecer ao povo brasileiro pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Na primeira diplomação, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder [essa honra] para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário. Quero pedir desculpas pela emoção", disse.
O presidente eleito também lembrou o período que passou na prisão e fez elogios à condução do processo eleitoral pelos ministros do TSE. "Quero destacar a coragem do STF e do TSE, que enfrentaram todas as ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular. Cumprimento cada ministro e ministra pela firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral nestes tempos tão difíceis. A história há de reconhecer sua coerência e fidelidade à Constituição", afirmou.
Lula se comprometeu a "construir um verdadeiro Estado democrático" e a garantir a normalidade institucional. "Precisamos de instituições fortes e representativas. Precisamos de harmonia entre os poderes, com um eficiente sistema de pesos e contrapesos que iniba aventuras autoritárias", acrescentou.
Alexandre de Moraes
O presidente do TSE discursou após Lula. “Essa diplomação consiste no reconhecimento da lisura do pleito eleitoral e na legitimidade política conferida soberanamente pela maioria do povo brasileiro por meio do voto direto e secreto”, afirmou Moraes.
O ministro disse que o país completa 34 anos de estabilidade democrática, mas acrescentou que houve ataques nas eleições deste ano. "A Justiça Eleitoral se preparou para combater com eficácia, eficiência e celeridade os ataques antidemocráticos ao Estado democrático de Direito e os covardes ataques e violências pessoais a seus membros e a todo o Poder Judiciário", destacou.
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