05/03/2017 09:51:15
Brasil
Mãe de Eliza Samudio recorre de decisão que mandou soltar goleiro Bruno
Estou confiante na Justiça. Ainda acredito na Justiça e acho que isso possa ser revertido
DivulgaçãoMãe de Eliza Samudio recorre de decisão que mandou soltar goleiro Bruno
Todo SegundoDo R7

Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, entrou com recurso contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de soltar o goleiro Bruno após mais de seis anos de prisão. Ao R7, Sônia disse neste sábado (4) que espera que a Justiça “olhe direitinho” para o caso.

— Estou confiante na Justiça. Ainda acredito na Justiça e acho que isso possa ser revertido.

Neste sábado, Sônia atendeu a reportagem do R7 por telefone. Com voz serena, estava com o neto, filho de Eliza e Bruno ao seu lado, e destacou que precisa ser cuidadosa com o que diz na presença do garoto. No início da semana, Sônia deu uma entrevista a Record TV e falou que o neto "não sabe que foi o pai dele que mandou matar a mãe".

O ex-goleiro Bruno Fernandes foi condenado em 2013 a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio, assassinada em junho de 2010, e deixou a cadeia na última sexta-feira (24). O goleiro estava na APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Apesar da decisão ter causado polêmica, Sônia diz acreditar que há chances de reverter esse caso.

— Pelo menos isso. Vamos ver agora como fica.

Em 2013, Bruno foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado. Só pelo homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, com uso de asfixia e sem possibilidade de defesa da vítima, Bruno pegou 17 anos e seis meses. A pena foi reduzida em três anos porque o réu "contribuiu com informações durante o testemunho".

Em setembro de 2015, Bruno foi transferido para a Apac de Santa Luzia. Nessas penitenciárias modelos, enquanto cumprem a pena, os detentos podem estudar e trabalhar. Eles também são responsáveis pela manutenção do espaço e o trabalho do goleiro era de fazer a guarda da unidade. Antes de chegar à Apac, Fernandes passou por dois presídios comuns em Minas Gerais. A Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, também na Grande BH, e na penitenciária de Segurança Máxima, em Francisco Sá, no norte de Minas Gerais. Ele contou que essas foram as piores experiências da vida dele.

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