DivulgaçãoMãe de Eliza Samudio recorre de decisão que mandou soltar goleiro Bruno Todo SegundoDo R7Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, entrou com recurso contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de soltar o goleiro Bruno após mais de seis anos de prisão. Ao R7, Sônia disse neste sábado (4) que espera que a Justiça “olhe direitinho” para o caso.
— Estou confiante na Justiça. Ainda acredito na Justiça e acho que isso possa ser revertido.
Neste sábado, Sônia atendeu a reportagem do R7 por telefone. Com voz serena, estava com o neto, filho de Eliza e Bruno ao seu lado, e destacou que precisa ser cuidadosa com o que diz na presença do garoto. No início da semana, Sônia deu uma entrevista a Record TV e falou que o neto "não sabe que foi o pai dele que mandou matar a mãe".
O ex-goleiro Bruno Fernandes foi condenado em 2013 a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio, assassinada em junho de 2010, e deixou a cadeia na última sexta-feira (24). O goleiro estava na APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Apesar da decisão ter causado polêmica, Sônia diz acreditar que há chances de reverter esse caso.
— Pelo menos isso. Vamos ver agora como fica.
Em 2013, Bruno foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado. Só pelo homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, com uso de asfixia e sem possibilidade de defesa da vítima, Bruno pegou 17 anos e seis meses. A pena foi reduzida em três anos porque o réu "contribuiu com informações durante o testemunho".
Em setembro de 2015, Bruno foi transferido para a Apac de Santa Luzia. Nessas penitenciárias modelos, enquanto cumprem a pena, os detentos podem estudar e trabalhar. Eles também são responsáveis pela manutenção do espaço e o trabalho do goleiro era de fazer a guarda da unidade. Antes de chegar à Apac, Fernandes passou por dois presídios comuns em Minas Gerais. A Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, também na Grande BH, e na penitenciária de Segurança Máxima, em Francisco Sá, no norte de Minas Gerais. Ele contou que essas foram as piores experiências da vida dele.