DivulgaçãoMinistério da Saúde vira alvo
da nova fase da Lava Jato Todo SegundoA Polícia Federal ampliou o alcance de suas investigações na Lava Jato com o início da 11ª fase da Operação. A partir de agora, Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde passam a ser alvo da investigação.
Há suspeitas de que a agências tenham pago propina ao ex-deputado André Vargas, expulso do PT em 2014 acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, para conseguir vantagens em contratos com o banco federal.
Os repasses seriam feitos às empresas LSI e Limiar, ambas controladas pelos irmão André e Leon Vargas no Paraná. Essas funcionariam apenas como fachada para a operação.
Também recai sobre André Vargas a suspeita de que o ex-deputado tenha feito constantes intervenções junto ao Ministério da Saúde para a realização de negócios com o laboratório Labogen.
"O Ministério da Saúde e a Caixa Econômica contratam uma empresa de publicidade, ela subcontrata empresas em que o Leon e o André [Vargas] são sócios. Estas empresas não existem fisicamente, e recebem um percentual equivalente a 10% do contrato firmado com a empresa principal. Então, nos leva a crer que, provavelmente, seja um percentual a ser desviado para os agentes públicos", disse um dos delegados da operação durante coletiva na manhã desta sexta-feira na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR).
O Labogen é um laboratório ligado ao doleiro Alberto Youssef e seu sócio, Leonardo Meirelles, tido como laranja no negócio.
Em resposta às declarações da PF, o Ministério da Saúde reafirmou que nunca fez contratos com o Labogen. No entanto, informou que "abriu uma apuração interna para analisar as denúncias de irregularidades e avaliar as medidas cabíveis".
Do R7