O ministro Thomas Traumann pediu demissão da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, informou em nota o Palácio do Planalto nesta quarta-feira (25).
A presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão e agradeceu a "competência, dedicação e lealdade" do ministro.
Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo afirmou que documento reservado da Secretaria de Comunicação Social, coordenada por Traumann, apontava “caos político” e enfraquecimento da presidente em razão de uma comunicação "errática".
O texto, que não tinha assinatura, teria circulado entre ministros na terça-feira 17, dois dias após as manifestações anti-Dilma de 15 de março.
O documento, segundo o jornal, avaliava que o setor de comunicação da presidente não conseguia atingir os eleitores que não votaram nela e sugeria a ampliação da propaganda em São Paulo, em parceria com a prefeitura petista da cidade, onde Dilma tem grande rejeição.
O texto ainda admitia que a campanha de Dilma utilizou robôs na internet (mecanismos que propagam mensagens em grande velocidade) e criticava o desligamento dos dispositivos após o fim da campanha eleitoral. Ainda conforme o documento, robôs atribuídos ao PSDB continuavam ativos.
Depois do vazamento do documento, o deputado Carlos Sampaio (PSDB), líder tucano na Câmara, havia protocolado representação no Ministério Público Federal contra Traumann. A acusação era de improbidade administrativa, pelo suposto uso do órgão para a promoção pessoal e eleitoral de Dilma.
Confira nota oficial da Presidência sobre a demissão de Traumann:
A presidenta Dilma Rousseff aceitou hoje, 25, o pedido de demissão do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann.
A presidenta agradeceu a competência, dedicação e lealdade de Traumann no período como ministro e porta-voz.
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