O MPF (Ministério Público Federal) recorreu ao TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), nesta segunda-feira (1º), pedindo novamente a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer, do ex-ministro Moreira Franco e outros seis denunciados por crimes ligados a contratos de Angra 3, usina da Eletronuclear em construção.
O MPF contestou a revogação de prisões preventivas decretadas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, ressaltando que as solturas afetam a investigação de crimes, a instrução do processo, a aplicação da lei e a recuperação de valores desviados.
Após a Operação Descontaminação, o MPF denunciou Temer, Franco e outros sete alvos por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Nos recursos, o MPF apontou argumentos para a manutenção das prisões preventivas e destacou que todas estão amparadas legalmente.
Os procuradores regionais Mônica de Ré, Neide Cardoso de Oliveira, Rogério Nascimento e Silvana Batini ainda ressaltaram no documento "a fartura do conjunto de provas da prática de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro".
Os pedidos serão analisados pela 1ª Turma do TRF2, caso não sejam aceitos em decisão individual do desembargador Antonio Ivan Athié, responsável pela soltura dos investigados, na última segunda (25).
Monitoramento eletrônico
Caso as prisões preventivas de Temer e Moreira Franco não sejam restauradas, o MPF pediu ao tribunal que ambos fiquem em prisão domiciliar, com o devido monitoramento eletrônico, apesar de considerar que a medida seria insuficiente para impedir a reiteração de crimes de “colarinho branco”.
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