A população idosa (acima de 60 anos) deverá dobrar no Brasil até o ano de 2042, na comparação com os números de 2017. Os dados são de projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgadas nesta quarta-feira (25).
De acordo com o levantamento, o país tinha 28 milhões de idosos no ano passado, ou 13,5% do total da população. Em dez anos, chegará a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes).
Em 2042, a projeção do IBGE é de que a população brasileira atinja 232,5 milhões de habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%).
Em 2031, o número de idosos (43,2 milhões) vai superar pela primeira vez o número de crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos (42,3 milhões).
Antes de 2050, os idosos já serão um grupo maior do que a parcela da população com idade entre 40 e 59 anos.
População em queda a partir de 2047
O IBGE ainda calcula que a população brasileira deve continuar crescendo até 2047 (233,2 milhões). A partir de então, o número de habitantes começa a cair lentamente, chegando a 228,2 milhões em 2060.
A população brasileira deverá crescer 6,8% nos próximos dez anos e atingir 222,7 milhões. A taxa de fecundidade continuará caindo, segundo as estimativas do instituto. Hoje, é de 1,77 filho por mulher. Em 2060, o número médio de filhos por mulher será de 1,66.
A idade média em que as mulheres têm filhos será maior no futuro. Hoje, é 27,2 anos; podendo chegar a 28,8 anos em 2060.
"A revisão 2018 mostrou que o envelhecimento do padrão da fecundidade é determinado pelo aumento na quantidade de mulheres que engravidam entre 30 e 39 anos e pela redução da participação de mulheres entre 15 e 24 anos na fecundidade em todas as grandes regiões do país", explica o IBGE.
Menos crianças
Enquanto o número de idosos aumentará, o de crianças de 0 a 9 anos deve cair nas próximas décadas. Hoje, essa faixa etária representa 14% da população (29,3 milhões).
Em 2038, crianças até 9 anos serão 11,1% do total de brasileiros, ou 25,8 milhões.
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