A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal, deflagrou, nesta quarta-feira (19), a Operação Navegar é Preciso, a 72ª fase da Lava Jato. A operação ocorre Alagoas (Maceió), São Paulo (São Paulo) e Rio de Janeiro (Niterói e Rio de Janeiro).
A ação mira organização criminosa que fraudava licitações e sistematicamente pagava propina a altos executivos da Petrobras, além de outras empresas relacionadas como a Transpetro, responsável pelo transporte de combustível no País e pela importação e exportação de petróleo e derivados.
Cerca de 36 policiais cumprem 6 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão. Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba/PR. O nome da operação remete à frase “Navegar é preciso, viver não é preciso”, do General Romano Pompeu, durante a expansão econômica e territorial de Roma.
Os agentes investigam os possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados no contexto de licitação e celebração de contratos de compra e venda de navios celebrados pela Transpetro com determinado estaleiro, no âmbito do PROMEF, que era o programa do Governo Federal para a reestruturação da indústria naval brasileira.
Segundo comunicado da PF, indícios dão conta de que teria havido pagamento de vantagem indevida por parte dos investigados relacionados ao Estaleiro para ocupante de alto cargo na Transpetro à época, em troca do favorecimento e direcionamento do Estaleiro em licitação para celebração do contrato milionário, para a construção e fornecimento de navios, dentre eles aqueles do modelo Panamax, cujo valor global combinado foi de mais de R$857 milhões.
O pagamento de propina ao então executivo da Transpetro teria sido encoberto por meio de um contrato falso de investimento em empresa estrangeira, que previa o pagamento de uma multa de R$ 28 milhões, em caso de cancelamento do aporte. O contrato teria sido celebrado entre empresa do Grupo dos investigados relacionados ao Estaleiro e empresa ligada ao executivo em questão, sendo que a remessa dos valores da vantagem indevida teria sido feita por meio de várias transferências, através de contas bancárias no exterior.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621