DivulgaçãoPolÃcia Federal faz busca em gabinete do irmão de Geddel Todo SegundoDo R7A Polícia Federal faz buscas em gabinetes da Câmara dos Deputados na manhã desta segunda (16), no gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
A ação atende a um pedido feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Também estão sendo feitas buscas em imóveis ligados a família de Geddel na capital baiana.
A ação ocorre por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido é da Procuradoria-Geral da República, que investiga a ligação do parlamentar com os R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00 - encontrados, no início de setembro, em um apartamento em Salvador na Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Cui Bono?.
Lúcio Viera Lima está no segundo mandato como deputado federal e é vice-líder da bancada do PMDB. O deputado tem 54 anos e é pecuarista e engenheiro agronômo.
O ex-ministro Geddel foi preso em 3 de julho sob acusação do MPF (Ministério Público Federal) de estar tentando obstruir as investigações — ele estaria pressionando o doleiro Lúcio Funaro para evitar que ele fizesse uma delação premiada. Dez dias depois, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) decretou prisão domiciliar a Geddel, mesmo sem a tornozeleira eletrônica.
No dia 8 de setembro, Geddel voltou a ser preso, em sua residência no bairro do Apipema, em Salvador, três dias após terem encontrado o dinheiro no bunker do ex-ministro.
Geddel está preso na Papuda. Em 13 de setembro, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, decidiu remeter ao Supremo a investigação sobre o ‘tesouro perdido’ de R$ 51 mi, atribuído ao ex-ministro. O magistrado alegou em sua decisão que ‘há sinais de provas que podem levar ao indiciamento’ do deputado Lúcio Vieira Lima.
Conforme a Constituição, congressistas têm foro por prerrogativa de função e só podem ser alvo de inquéritos criminais que tramitem na Corte.
BrigaGeddel Vieira Lima foi ministro da Secretaria de Governo de Temer até ser acusado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de pressão para liberar um empreendimento imobiliário na Bahia, onde Geddel tem um imóvel, e que havia sido barrado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), subordinado à pasta então comandada por Calero. A área onde está localizado o imóvel é tombada. Após o caso ser revelado, em novembro de 2016, Geddel pediu demissão (com informações da Agência Estado).