28/10/2016 23:41:19
Brasil
Política de privacidade do WhatsApp preocupa autoridades
Aplicativo adquirido pelo Facebook em 2014, alterou em agosto as suas condições de utilização
DivulgaçãoPolítica de privacidade do WhatsApp preocupa autoridades
Todo SegundoA nova política de privacidade do WhatsApp, que permite compartilhar dados de seus usuários com outras empresas do grupo, preocupa as autoridades europeias de proteção de dados, que pediram, em carta, a suspensão da medida até que haja garantias legais.

O chamado G29, que reúne as várias autoridades independentes de todos os países do bloco, pediu que a empresa de mensagem instantânea “pare de compartilhar dados de seus usuários até que garantias legais adequadas sejam fornecidas”, afirmou nesta sexta-feira em um declaração.

O WhatsApp, adquirido pelo Facebook em 2014, alterou em agosto as suas condições de utilização. Desde então, pode compartilhar dados pessoais de seus usuários para que outros aplicativos no grupo, Facebook ou Instagram, proponham anúncios publicitários.

Para o G29, a possibilidade de compartilhar informações para fins de publicidade “não fazia parte das condições de uso e política de privacidade quando os usuários atuais aderiram ao serviço WhatsApp”.

A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, expressou no início de setembro dúvidas sobre essa mudança. Seu porta-voz disse que estavam “em contato com o Facebook sobre esta questão”.

As autoridades independentes europeias também enviaram uma carta para o serviço de e-mail Yahoo!, pedindo explicações sobre uma falha de segurança que permitiu em 2014 o roubo de dados pessoais de 500 milhões de usuários, “um número significativo de europeus”.

Além disso, o G29 apelou para que o Yahoo! forneça todas as informações relativas à possível vigilância de seus clientes a pedido do serviço de inteligência dos Estados Unidos e se essa atividade é compatível com o direito europeu.

A compra do WhatsApp pelo Facebook em 2014, que o ex-comissário Joaquin Almunia aprovou sem condições, provocou a rejeição de grupos de defesa da vida privada, que temiam uma utilização abusiva dos dados pessoais dos utilizadores.

Do Exame

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