A inflação oficial acelerou em abril, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O reajuste no preço dos remédios foi o maior responsável pelo resultado do mês.
Os medicamentos foram reajustados em 31 de março deste ano.
Os transportes também pesaram mais no bolso dos brasileiros em abril. A gasolina ficou, em média, 2,66% mais cara, além da alta nos preços de passagens aéreas e dos ônibus urbanos.
Os alimentos e bebidas ficaram, no geral, mais baratos no mês — desacelerou 1,37%. Queda foi influenciada pelo preço do feijão-carioca e frutas. Em contrapartida, o tomate, o frango inteiro e a cebola pesaram mais no bolso.
O gerente da Pesquisa, Fernando Gonçalves, diz que os alimentos e os transportes já vinham se destacando nos últimos meses, cenário se repetiu em abril: “no resultado do mês, a novidade foi o grupo Saúde e cuidados pessoais, que não tinha aparecido nos últimos meses. De qualquer modo, isso reflete o aumento anual dos medicamentos, que ocorre no final de março”.
O indicador acelerou para 0,57% em abril frente a 0,22% no mesmo mês de 2018. De janeiro a abril deste ano, o IPCA registra alta de 2,09%. De março de 2018 a abril de 2019, a inflação acumula alta de 4,94%.
Já em março de 2019, a inflação ficou em 0,75%. A expectativa do IBGE é que a inflação oficial de maio, que será divulgada em junho, será influenciada pelo aumento de 3,43% no preço do botijão nas refinarias, autorizado pela Petrobras e em vigor desde o dia 5.
Outra possível influência é o início da cobrança da bandeira amarela no consumo da energia elétrica, que acrescenta R$ 1,00 a cada 100 kW/h.
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