Renan diz que primeiro é preciso cortar despesa Todo SegundoO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (8) que “a primeira coisa a se fazer é cortar despesa”. A declaração foi dada após ele ser questionado sobre a afirmação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que Imposto de Renda maior “pode ser um caminho” em busca do equilíbrio das contas públicas.
“Aqui no Congresso não se discutiu nada com relação à elevação da carga tributária. Continuo achando que a primeira coisa a se fazer é cortar despesa”, afirmou o presidente do Senado na tarde desta terça-feira.
Mais cedo, em Paris, Levy disse que um aumento no Imposto de Renda é uma possibilidade em estudo dentro do governo para ajudar no equilíbrio das contas públicas e viabilizar "uma ponte fiscal sustentável".
Questionado sobre a possibilidade de elevar outros tributos, Renan também afirmou que os parlamentares não discutem elevação da carga tributária.
“Qualquer iniciativa do governo é uma iniciativa do governo. Continuo achando que primeiro é preciso cortar despesas, reduzir ministérios. Esse é o dever de casa e, em seguida, discute-se o que fazer com déficit fiscal”, afirmou.
O líder do DEM no Senado, senador Ronaldo Caiado (GO), também criticou a possibilidade de o governo aumentar tributos.
"É sinal de desespero querer aumentar impostos. Ninguém se entende mais no governo, que está esfacelado politicamente e sem apoio popular", afirmou.
O líder do governo no Senado, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse o governo não definiu ainda o caminho a ser tomado, mas que e possível adotar "contribuição transitória", que, segundo ele, "não traga impactos inflacionários, impactos para produção".
"Não vi o contexto que Levy fez essa afirmação. Todos estamos entendendo que precisamos de solução provisória para depois construir medidas estruturais. O que senti claramente hoje é que a presidenta Dilma tem preocupação em criar essa ponte sem impactar a sociedade como um todo. E, ao mesmo tempo, não criar processo inflacionário, que é o verdadeiro castigo que um país enfrenta" afirmou.
O governo federal enviou, na última segunda-feira (31), o Orçamento de 2016 ao Congresso Nacional com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões. É a primeira vez que a peça orçamentária prevê que os gastos serão maiores que as receitas.
Do G1 DF