A remuneração média paga aos trabalhadores brasileiros recuou 0,38% em 2019, para R$ 2.308. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (6), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que a queda foi impulsionada pela redução de 1,24% no salário pago às mulheres, que passaram a receber, em média, R$ 1.985 no ano passado. O valor corresponde a 77,7% da remuneração de R$ 2.555 ofertada aos homens no mesmo período.
Com a queda no rendimento obtidos a partir do trabalho, o salário médio dos brasileiros segue abaixo da máxima histórica de R$ 2.364, registrada em 2014. A remuneração atual, no entanto, é 4,3% maior do que a oferecida em 2012, de R$ 2.213.
De acordo com os dados, revelados pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), a diferença de salário entre homens e mulheres é uma realidade em todas as regiões do País. O destaque positivo fica por conta do Norte e Nordeste, onde a renda de trabalho das trabalhadoras era 7,9% e 15,5% inferior à paga aos homens.
A pesquisa aponta ainda que o mercado de trabalho brasileiro contou com 92,5 milhões de pessoas ocupadas com 14 anos ou mais de idade no ano passado. A quantidade é 2,6% superior à registrada no ano anterior e 7,3% maior do que a de 2012.
Apesar de representar 52,4% da população em idade para trabalhar, as mulheres representavam 43,2% da força de trabalho em 2019. O cenário também se repete em todas as regiões brasileiras.
Raça e escolaridade
A análise por raça também indica diferença significativa na remuneração dos brasileiros. Enquanto o salário médio das pessoas branca era de R$ 2.999 no ano passado, a remuneração de pretos (R$ 1.673) e pardos (1.719) eram, respectivamente, 27,5% e 25,5% inferiores.
Quando o assunto é o nível de instrução da população, os dados da Pnad apontam que quanto maior o nível de instrução alcançado, maior o rendimento do trabalhador. De acordo com o levantamento, a pessoas que não possuíam instrução apresentaram o menor rendimento médio (R$ 918).
Ao mesmo tempo, o salário das pessoas com ensino fundamental completo ou equivalente foi 60,3% maior, de R$ 1.472. Já aqueles que tinham ensino superior completo (R$ 5.108) registraram rendimento médio aproximadamente três vezes maior que o dos profissionais somente com o ensino médio e cerca de seis vezes o daqueles sem instrução.
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