O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o fim do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A modalidade, na avaliação de Marinho, reduz a reserva de dinheiro que poderia ser acessada em caso de demissão.
"Antes disso, o ministro vai levar a discussão desse tema ao conselho curador do FGTS e às centrais sindicais", detalhou, em nota, a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho. O objetivo da revogação, segundo a pasta, é "preservar a poupança do trabalhador e garantir a real finalidade do FGTS".
Marinho diz que o FGTS tem duas finalidades: socorrer financeiramente um trabalhador demitido sem justa causa e valorizar as cotas por meio da aplicação dos recursos em investimentos.
Não há previsão da data em que o saque-aniversariante, criado no governo de Jair Bolsonaro (PL), será extinto. Enquanto isso, aniversariantes de janeiro podem realizar os saques do FGTS. Para 2023, a estimativa é que a modalidade libere R$ 22 bilhões em pagamentos.
A modalidade funciona desde 2020, permitindo a retirada anual de parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa do FGTS, sempre no mês de aniversário do contribuinte. A contrapartida é não receber parte daquilo a que tem direito em caso de demissão sem justa causa, ficando permitido o saque de 40% referente à multa rescisória.
Cabe ao cidadão optar ou não pela modalidade. Se não houver a indicação, o contribuinte permanece no sistema do saque-rescisão. Até agora, cerca de 17,8 milhões de pessoas aderiram ao saque-aniversário.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621