24/03/2016 21:44:39
Brasil
Sérgio Moro determina sigilo sobre documentos da 26ª fase da Lava Jato
Operação é desdobramento da fase onde foi apreendida lista da Odebrecht
DivulgaçãoSérgio Moro determina sigilo sobre documentos da 26ª fase da Lava Jato
Todo SegundoO juiz federal Sérgio Moro decretou, nesta quinta-feira (24), sigilo sobre toda a investigação referente à 26ª fase da Operação Lava Jato, denominada “Xepa”, deflagrada na terça-feira (22). A última etapa da Lava Jato até o momento é um desdobramento da Operação Acarajé, a 23ª fase, que ocorreu em fevereiro deste ano e investiga o pagamento de propinas por parte do Grupo Odebrecht a agentes públicos.

O procedimento do magistrado segue o que ele já havia determinado na quarta-feira (23), quando ele também decretou sigilo sobre os procedimentos da 23ª fase. É neste processo que estão anexadas as planilhas de pagamentos da Odebrecht a candidatos, nas eleições de 2010, 2012 e 2014.

Ao decretar o sigilo das investigações da Acarajé, Moro considerou que as planilhas ainda carecem de análise mais precisa, para que se identifique entre os repasses o que pode ser doação legal da Odebrecht aos políticos ou pagamento de propinas por eventuais irregularidades.

Caso Lula vai para o STF
Moro também decretou o envio das investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF). O despacho foi em resposta à determinação do ministro Teori Zavascki, da Suprema Corte, que também baixou o sigilo sob os grampos telefônicos de Lula e dos familiares.

As gravações mostram conversas entre o ex-presidente e vários políticos, entre eles, a presidente Dilma Rousseff. Para a Polícia Federal, os diálogos mostram indícios de que a nomeção de Lula para a Casa Civil teria sido uma tentativa de livrá-lo das investigações que correm contra ele em Curitiba. Ao virar ministro, ele receberia foro privilegiado no STF.

Após a nomeação, várias decisões judiciais suspenderam a posse dele. A última, do ministro Gilmar Mendes, ainda está mantendo Lula fora do cargo. O governo recorreu da decisão e ainda aguarda que o caso seja julgado pelo Plenário do STF.

Do G1

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