O Ministério da Saúde acompanhava até o meio-dia desta sexta-feira (28) 182 casos suspeitos de covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV2), aumento de 50 casos em relação a ontem.
Desde o início do monitoramento, já foram descartados 71 casos suspeitos.
Um homem de 61 anos, morador de São Paulo, é o único infectado com o SARS-CoV2 em todo o país até agora. Dois familiares dele chegaram a ter sintomas, mas o vírus foi descartado por exames laboratoriais.
O Sudeste é a região que mais concentra suspeitas de covid-19. São 66 pacientes monitorados em São Paulo; 19 no Rio de Janeiro; e 17 em Minas Gerais, de acordo com o ministério.
A alta do número de casos já era prevista, pois o Ministério da Saúde expandiu a lista de países em que há transmissão do coronavírus, que agora inclui 15 localidades, além da China, onde a epidemia teve início.
"Nós ampliamos o escopo de países. Com a situação da Itália, vai aumentar o número de casos notificados, porque você aumento o escopo de [viajantes] oriundos, principalmente da Itália, que é um país de colônia italiana extensa [no Brasil], presença de quase 100 mil brasileiros morando na Itália, que eventualmente vão e voltam. É natural que aumente", afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista na tarde de ontem.
Antes, era considerado apenas quem apresentou febre e sintomas respiratórios após viagem à China — ou que teve contato com caso confirmado.
Agora, foram incluídos também viajantes oriundos da Austrália, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Tailândia, Alemanha, Itália, França, Irã e Emirados Árabes.
O Ministério da Saúde recebeu 731 notificações de casos suspeitos de covid-19 desde 18 de janeiro. Muitas delas foram excluídas na análise preliminar por não se enquadrarem nas definições estabelecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
"Quase 50% dos registros não se enquadram na definição de caso", ressaltou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira.
Para ser considerado suspeito, é obrigatório que o paciente tenha febre e mais algum sintoma respiratório, além de ter voltado de algum país listado acima nos 14 dias anteriores ao surgimento dos sinais; ou que seja alguém que teve contato com caso suspeito ou confirmado.
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