25/09/2014 23:16:17
Brasil
Suspeito de dar calote em grupos de estudante em PE é visto em AL
Polícia de PE pediu à Justiça prisão preventiva do dono da empresa W9!
Divulgação / TV Globo NordesteSuspeito de dar calote em grupos de estudante em PE é visto em AL
Todo Segundo

A Polícia Civil de Pernambuco informou nesta quinta (25) que solicitou à Justiça a prisão preventiva do proprietário da empresa W9!, suspeito de lesar ao menos 150 comissões de formatura, gerando um prejuízo estimado em R$ 10 milhões. A agência comunicou o fim das atividades na última segunda (22) através de e-mail enviado aos clientes, mas não deu informações sobre ressarcimento. Universitários prestaram queixa à Delegacia do Consumidor e ao Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).

Na tarde desta quinta, o dono da W9! foi filmado ao desembarcar no Aeroporto de Maceió. Ele estava em um voo que partiu de São Paulo com destino à capital alagoana. As imagens foram gravadas pela TV Gazeta, afiliada da Rede Globo. O suspeito de lesar comissões de formatura foi abordado pela equipe de reportagem, mas não quis dar declarações. Após deixar o terminal aéreo, ele entrou em um carro e seguiu por uma rodovia na direção do município alagoano de Messias.

O delegado do Consumidor, Roberto Wanderley, que investiga o caso, disse que espera a resposta sobre o pedido de prisão preventiva. A solicitação está em análise do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e deve chegar a uma das varas criminais do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta sexta (26).

Uma universitária de Pernambuco, que estava em Maceió, também viu e filmou o desembarque do dono da empresa W9!. Uma das representantes da comissão de formatura de uma turma de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde contou que ainda pediu ajuda a PMs no aeroporto para prender o empresário na capital alagoana. No entanto, a equipe policial informou que não poderia fazer nada sem mandado judicial.

“Liguei pro Disque-Denúncia e eles me mandaram ir para Central de Flagrantes. Lá, me disseram que não podiam fazer nada sem um mandado, mas me disseram para ir para o aeroporto, pois no aeroporto tem uma unidade da Policia Militar e eles podiam resolver isso. A PM disse que era coisa da Polícia Federal.

Fui à Polícia Federal e eles me mandam de volta para a Polícia Militar. No fim das contas, estávamos esperando um mandado que o juiz não expediu. O delegado, que é quem deveria tomar iniciativa para resolver isso, disse que não precisava, pois o advogado dele foi lá e garantiu que até terça ele iria se entregar”, relatou a estudante, que não quis se identificar.

Segundo a universitária, o dono da agência de formatura passou por ela no terminal aéreo de Alagoas. “Ele desceu, passou na minha frente e não pude fazer nada, o que me deu muita raiva. Na hora me deu uma raiva que eu achei que eu nunca ia ter”, acrescentou.

Do G1

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