17/10/2015 08:13:06

Economia
Comprar produtos seminovos exige cuidados, alerta Procon/AL
Para os consumidores terem seus direitos garantidos por lei, a dica é sempre exigir a nota fiscal do produto

Todo SegundoA busca por produtos com valores mais acessíveis tem impulsionado vários consumidores a comprarem carro, aparelhos eletrônicos, ou qualquer outro item de segunda mão. Especialistas do Procon de Alagoas alertam que esse tipo de aquisição exige bastante atenção dos consumidores.

O coordenador da Escola Estadual de Direitos do Consumidor, Gustavo Costa, pontua que os direitos dos compradores de produtos usados nem sempre são os mesmos daqueles que adquirem produtos novos.

“Ao obter algo seminovo, o consumidor deve saber exatamente o que está sendo vendido. Além disso, a empresa deve fornecer nota fiscal, especificando as condições da mercadoria e garantia legal de 90 dias”, completa Costa.

De acordo com Gustavo, ao comprar um produto usado, o consumidor também abre mão de ter um tempo de garantia do fabricante e fornecedor estendido a um ano.

Mercado informal
Porém, a comercialização de produtos usados se tornou comum através de grupos das redes sociais ou de sites para anúncios. Com isso, o mercado informal cresce, e torna-se comum a comercialização de produtos sem nota fiscal.

O estudante de contabilidade, André Souza, 27, já adquiriu várias vezes produtos em grupos no Facebook. Segundo ele, a dica é ficar de olho na qualidade do produto e exigir sempre a nota fiscal ou comprovante de compra.

“Analiso sempre se o valor que estão cobrando está muito diferente do que pedem outros fornecedores. Sempre desconfio de ofertas muito baixas”, informa.

Para a Superintendência de Defesa do Consumidor, a atitude de André em sempre exigir nota fiscal e/ou comprovante garante os seus direitos legais como consumidor.

“A prática de vender produtos usados se tornou muito comum na internet, porém o consumidor tem que estar ciente dos riscos que corre ao comprar um produto sem a nota fiscal ou comprovante. Para que eles não sejam prejudicados é preciso lembrar a importância de exigir este documento”, alerta a Superintendente do Procon/AL,  Flávia Cavalcante.

Agência Alagoas