Fontes da equipe econômica detalharam o valor estimado com o auxílio-combustível e o vale-gás, que devem ser implementados ou ampliados pelo governo e pelo Congresso Nacional. O custo deve ficar em torno de R$ 5 bilhões.
A ideia em estudo é conceder um auxílio-combustível no valor de R$ 400, mesmo valor pago pelo auxílio emergencial. Já o vale-gás, que hoje é de R$ 53 a cada dois meses, passaria a ser pago mensalmente.
Cerca de 5,7 milhões de brasileiros recebem o vale-gás. Dessa forma, o valor do benefício chegaria bem próximo do custo do botijão de 13 kg, na casa de R$ 115. A ideia do governo é reduzir o impacto da inflação nos dois produtos — gás de cozinha e óleo diesel.
As propostas ainda dependem de aprovação do Congresso, mas já houve uma reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, para um acerto prévio e há apoio parlamentar para tocar os projetos adiante. O objetivo é pagar os benefícios assim que forem aprovados.
Internamente, no Ministério da Economia, o dia também foi de comentários sobre as medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos. Joe Biden pediu ao Congresso a suspensão dos impostos federais sobre gasolina e diesel, para dar um alívio aos consumidores americanos. Houve até brincadeiras com o ministro Paulo Guedes. "O Biden está seguindo o senhor", teria ouvido o chefe da Economia.
O auxílio para os caminhoneiros demonstra a linha de atuação da equipe econômica diante da escalada da inflação que atingiu os combustíveis. Ao mesmo tempo, mantém a estratégia de não interferir nos preços, mas de dar uma ajuda a quem é mais afetado pelo problema.
De toda forma, internamente, também há críticas. Alguns integrante do próprio governo dizem que o auxílio para os caminhoneiros e a ampliação do vale-gás são medidas que já poderiam estar em prática.
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