O domingo (3) vai ser de prova pra milhões de estudantes brasileiros. É a primeira do Enem 2019.
Não é uma prova qualquer. É pelo Enem que boa parte dos mais de cinco milhões de estudantes em todo o país tem se dedicado aos estudos.
“A gente se prepara para isso. Estou pensando que eu vou passar”, contou uma estudante.
A maior concentração de inscritos está no Sudeste. As mulheres são maioria; a cor parda também; a maior parte dos candidatos tem entre 21 e 30 anos, e o ensino médio já concluído.
Se a gente pudesse escolher um rosto para esse megaexame nacional, o da Karen Cristina de Almeida, de 23 anos, cairia muito bem.
“Acho que o primeiro caminho é a educação: a gente conseguir ter o acesso a um curso superior para a gente conseguir chegar no mercado de trabalho também em igualdade”, destacou.
Uma das marcas do Enem são as regras rígidas, a começar pelo horário de chegada. Os portões abrem às 12h, horário de Brasília, e fecham às 13h.
Em 2018, a Vitória Mendes, de 18 anos, bobeou e quase ficou para fora.
“Eu passei tipo no portão assim e o segurança já estava fechando. Eu não vou chegar atrasada”, garantiu.
O professor Edmilson Motta, coordenador de cursinho, acompanha o Enem desde a criação do exame e recomenda: “Ir alguns dias antes, visitar o local. Procurar usar realmente o transporte público no dia. Evitar ir de carro, porque senão congestiona ainda mais. Vale muito a pena”, disse.
Nos estudos, vale todo tipo de material: lápis, lapiseira, borracha e o aparelho celular. Mas, nos dias de exame, o estudante só pode levar o essencial: alimentos leves, água, documento de identidade, cartão de inscrição e caneta. Mas não pode ser de qualquer cor.
Estudante: É só preta né?
Repórter: Passou, hein
Estudante: Ufa.
“Levar, duas, três, quatro, canetas pretas. Têm que ser transparentes. Para não faltar na hora, não falhar a caneta. Mas não muito mais que isso”, reforçou o professor.
E atenção: o Enem de 2018 tem uma regra nova, ainda mais dura contra o celular, esse companheiro de todas as horas.
Em edições passadas, já era obrigatório que o aparelho ficasse guardado longe do alcance do estudante. Mas tinha gente que esquecia ele ligado e o barulho das mensagens acabava atrapalhando todo mundo na classe. Por isso, em 2019, qualquer som emitido pelo celular pode causar a eliminação do dono do aparelho.
“Essa sugestão veio por parte da Polícia Federal. E veio a garantir a sempre o aprimoramento da segurança na aplicação da prova”, explicou Alexandre Ribeiro Pereira Lopes, presidente do Inep.
“Você usa o celular agora para estudar. E, na hora da prova, é só você e você mesmo. Já pensou perder o ano por causa de uma bobeira?”, disse a estudante Heloísa Cunha Silva, de 19 anos.
As provas serão nos dois próximos domingos e começam 13h30. No primeiro domingo, dia 3, a duração do exame será de cinco horas e meia. Dia dez, cinco horas. No total, serão 180 questões para quatro áreas de conhecimento, mais a redação.
Lidar com essa maratona também requer disciplina.
“Você tem que planejar para ter notas boas nessas cinco provas. Então, não deixa para fazer uma prova toda no final”, aconselhou o professor Edmilson.
E como fazer uma boa redação?
“A redação é sempre importante você ter dois momentos. O momento do rascunho e o momento de passar a limpo e reelaborar aquele texto. É bem importante, redação é uma prova que joga as notas para cima”, avaliou o professor.
“Eu estou confiante. Acho que esse ano vai acontecer”, disse a estudante Karen.
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