Por muito tempo, Gugu Liberato foi considerado o sucessor natural de Sílvio Santos nas tardes de domingo no SBT. As semelhanças entre um e outro se estendem para fora dos palcos, já que Gugu também possui o tino empresarial do ex-patrão. Só que, diferente de Sílvio – que se desfez de seus principais negócios (Baú da Felicidade e Banco Pan Americano), mas continua firme e forte com seu programa aos domingos – Gugu vive um “período sabático” longe da TV desde que saiu da Record, em 2013.
O apresentador ensaia sua volta à televisão, negociando com SBT e Record a exibição de programas feitos por sua produtora, a GPP produções (um dos vários negócios de que Gugu é dono). O fato é que Gugu não vai “morrer de fome” mesmo que nunca mais volte à televisão, já que tem uma retaguarda financeira atuando em ramos que vão desde posto de gasolina à locação de helicópteros (alguém se lembrou do Comandante Hamílton aí?).
Se hoje Sílvio Santos tem a Jequiti, Gugu deu seus primeiros passos no ramo de perfumaria com oito anos de idade, fazendo seus próprios “produtos”. Ele misturava pétalas de rosa, álcool e os perfumes de sua mãe e vendia para as empregadas domésticas do bairro, que segundo ele, compravam “por pena”. Depois de ser o “Walter White dos perfumes”, virou agenciador de coroinhas para casamentos até ter o seu primeiro emprego fixo, como office boy aos 12 anos.
No auge de sua carreira como apresentador, ele licenciou seu nome para ser usado em diversos brinquedos infantis. Além de jogos de tabuleiros baseados em seus programas (como o “Passa ou Repassa” ou “Domingo Legal”), era impressionante a quantidade de brinquedos lançados com “… do Gugu” no nome: era Robô do Gugu, Guru do Gugu, Soco do Gugu, Cangugu – o canguru do Gugu, vela de sete dias do Gugu, cimento do Gugu, conserva de pepino do Gugu…
Se você viveu as décadas de 80 e 90, com certeza vai se lembrar de “monstros sagrados” da música brasileira como Dominó, Marcelo Augusto, Banana Split e Polegar. Pois esse pessoal todo foi descoberto e empresariado pela Promoart, cujo dono era ninguém menos que Gugu, certamente utilizando o know-how adquirido no tempo em que agenciava coroinhas. O “auge” da empresa foi um processo contra ela movido por Emerson Sheik em 2010, por causa de um duto de gás num apartamento que era da Promoart e foi comprado pelo jogador, que estava no Fluminense.
Do Pop
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