O governo interino da Bolívia suspendeu nesta sexta-feira (24), as relações diplomáticas com Cuba. A decisão foi comunicada pelo chanceler interino do país, Yerko Núñez, que classificou de inadmissíveis as expressões utilizadas pelo chanceler cubano ao referir-se à presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, escreveu em sua conta no Twitter, no dia 22, que "a golpista e autoproclamada" presidente interina disse "vulgares mentiras e "deveria explicar ao povo que, após a saída dos médicos cubanos, mais de 454.440 atendimentos médicos deixaram de ser feitos".
"Dois meses sem a brigada médica cubana na Bolívia se traduzem em quase mil mulheres que não tiveram assistência especializada em seus partos e 5 mil intervenções cirúrgicas e mais de 2,7 mil cirurgias oftalmológicas que não foram realizadas. Não são apenas números, são seres humanos", disse Rodríguez.
Em coletiva de imprensa hoje, em La Paz, o chanceler boliviano interino afirmou que a decisão de suspender as relações diplomáticas "obedece às recentes e inadmissíveis expressões do chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, à permanente hostilidade e [às] constantes queixas de Cuba contra o governo constitucional boliviano e seu processo democrático".
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