A cidade de Minneapolis, no estado de Minnesota nos Estados Unidos, foi palco de protesto que reuniu milhares de pessoas durante a tarde a a noite desta terça-feira (26), um dia após George Floyd, um homem negro, ser sufocado até a morte por um policial branco durante uma abordagem.
A manifestação começou no local em que aconteceu a ação policial e terminou perto de uma delegacia nos arredores. A indignação dos manifestantes transformou-se em ataques à delegacia, que teve o vidro da porta de entrada quebrado, e também a viaturas que estavam estacionadas nas proximidades.
A polícia antidistúrbios local lançou gás lacrimogêneo e fez disparos com bala de borracha para dispersar o grupo, segundo relatou o jornal The Star Tribune.
Durante o protesto, as pessoas gritavam "Não posso respirar", em referência a frase que Floyd repetiu várias vezes, enquanto o policial apoiava o joelho no pescoço do homem, o que durou alguns minutos, até a perda da consciência dele.
A deputada Ilhan Omar, do Partido Democrata, se manifestou e criticou a polícia, considerando que a reação ao protesto foi desproporcional, sem qualquer tentativa de moderar a situação.
"O que está ocorrendo na cidade é vergonhoso. Disparar balas de borracha e gases lacrimogêneos em manifestantes desarmados, quando há crianças presentes, não deveria ser tolerado. Nunca", disse a parlamentar.
Ontem à tarde, o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, revelou ter demitido os quatro agentes "com ligação aos fatos que resultaram na morte de Floyd". Entre eles, está o policial que foi flagrado por imagens se ajoelhando no pescoço do homem.
"Ser afro-americano nos Estados Unidos não deveria ser uma pena de morte", admitiu o chefe do Executivo municipal.
As autoridades do estado de Minnesota e o FBI iniciaram investigações sobre a morte de Floyd, segundo aponta a imprensa local.
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