Na sequência das ondas de choque desencadeadas pelo assassinato de Qassem Soleimani e de Abu Mahdi al-Muhandis, o parlamento de Bagdá aprovou neste domingo (5) uma resolução que considera do interesse de ambas as partes pôr fim à presença norte-americana no país.
Numa sessão de emergência da assembleia legislativa, a resolução foi proposta ao parlamento pelo primeiro-ministro interino, Adil Abdul Mahdi, que sublinhou terem sido os responsáveis militares iraquianos informados da operação para abater o general iraniano e o comandante da milícia xiita iraquiana alguns minutos apenas antes dessa operação acontecer.
Mahdi acrescentou que, apesar da curtíssima antecedência do aviso, o seu governo recusou expressamente a autorização para que o ataque aéreo fosse efetuado em território iraquiano, notando de passagem que Soleimani ia a caminho de um encontro com o próprio primeiro-ministro iraquiano quando foi abatido.
E concluiu que, depois do assassinato de ambos os dirigentes, se tornou claro que a retirada das forças norte-americanas do Iraque seria do interesse de ambos os países - Estados Unidos e Iraque.
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