O presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez, 46 anos, escolheu o Brasil para a primeira viagem internacional desde que venceu as eleições em 22 de abril. Na próxima segunda-feira (11), ele se reúne com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, quando conversam sobre temas da agenda de integração bilateral e planos regional e internacional.
O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai. Em 2017, o intercâmbio comercial bilateral alcançou US$ 1,3 bilhão, o que representa alta de 12% em relação a 2016.
Apontado como conservador, Abdo toma posse no dia 15 de agosto para um mandato de cinco anos. A polêmica mais recente envolvendo o Paraguai foi a inauguração da embaixada paraguaia em Jerusalém, acirrando a crise na Faixa de Gaza.
As eleições no Paraguai ocorreram em 22 de abril, quando Abdo obteve 46,49% dos votos e o segundo colocado, Efraín Alegre, conquistou 42,73%. A diferença foi de pouco mais de 95 mil votos. O total de apuração foi de 96,76%, segundo a Justiça Eleitoral.
Histórico
Empresário do ramo de marketing, Abdo foi alvo de críticas durante a campanha eleitoral por causa da relação do pai dele com a ditadura militar de Alfredo Stroessner. Mario Abdo, o pai do presidente eleito, foi secretário particular de Stroessner.
O presidente eleito chegou a afirmar que Stroessner fez muito pelo país, acrescentando que discorda de violações dos direitos humanos, tortura e perseguição cometidos durante o regime militar.
Stroessner cumpriu sete mandatos consecutivos como presidente do Paraguai. Chefe do Exército paraguaio, foi apontado como responsável por vários crimes de violações de direitos humanos enquanto esteve no poder. Morreu em Brasília em 2006.
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