O presidente dos EUA, Donald Trump, cancelou sem aviso prévio uma viagem que a presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, a democrata Nancy Pelosi, faria para a Bélgica e o Afeganistão nesta quinta-feira (17).
O cancelamento aconteceu pouco tempo antes da decolagem e pegou de surpresa o staff de Pelosi, o comando das forças armadas dos EUA no Afeganistão e até mesmo a Força Aérea do país, que levaria a deputada e sua comitiva, segundo a imprensa.
Trump usou a paralisação do governo federal como justificativa para se 'vingar' de Pelosi.
Troca de farpas
Na quarta, ela havia enviado uma carta ao presidente, sugerindo que ele não fizesse o tradicional discurso anual de estado da nação enquanto partes do governo seguem sem funcionamento.
"Sinto informar que sua viagem para Bruxelas e Afeganistão será adiada. Vamos reagendar essa excursão quando acabar a paralisação. Obviamente, caso queira fazer a viagem em um voo comercial, isso certamente é seu direito", escreveu Trump.
A viagem de Pelosi envolvia um avião militar e um reforço de segurança durante a estadia dela em Cabul, a capital afegã. Por conta disso, dificilmente será realizada sem o apoio das forças armadas.
Visita a aliados
O objetivo da deputada democrata em Bruxelas era reafirmar a aliança do país com a OTAN, que vem sendo alvo de críticas de Trump. No Afeganistão, era conhecer as condições em que estão os soldados norte-americanos.
Segundo relatos publicados na imprensa dos EUA, os militares do país que estão no Afeganistão pretendiam ganhar o apoio de Pelosi para evitar a retirada de metade do efetivo, anunciada recentemente por Trump, às vésperas de uma conferência de paz com o Talibã.
Por sua vez, o presidente não deu declarações oficiais sobre o assunto. No entanto, ele continua atrelando uma volta das atividades do governo ao financiamento do muro na fronteira com o México, sua principal promessa de campanha.
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