19/12/2018 11:00:50
Justiça
Mãe de travesti diz acreditar na condenação de “Carne Crua”
Julgamento está acontecendo nesta quarta-feira (19), no auditório do Centro de Ensino Superior Cesmac Sertão
William Krader / Todo SegundoEliane Luzinete da Conceição, mãe da travesti “Mary Montilla ou Peu”
Todo Segundo

Eliane Luzinete da Conceição, mãe da travesti “Mary Montilla ou Peu”, 26 anos, morta a golpes de faca peixeira em agosto de 2017, em Palmeira dos Índios, afirmou acreditar que o réu de Cícero Pereira dos Santos, vulgo “Carne Crua”, será condenado.

"Eu creio que no nome de Jesus, que a justiça vai ser feita, esse crime não vai ficar impune. Ele tem que pagar pelo que fez com o meu filho. A condenação desse assassino não vai trazer meu filho de volta, mas alivia um pouco a dor. Eu creio que ele será condenado para pagar um pouco do que ele fez com o meu filho", disse Eliane Luzinete em entrevista a reportagem do Portal Todo Segundo.

O julgamento está acontecendo nesta quarta-feira (19), no auditório do Centro de Ensino Superior Cesmac Sertão, no bairro Vila Maria, e é conduzido pela juíza Carolina Sampaio Valões Rocha Andrade, titular da 4ª Criminal de Palmeira dos Índios. O julgamento começou com depoimentos de testemunhas de acusação.

O Ministério Público pede a condenação de Cícero Pereira dos Santos por homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil e uso de tortura na prática do crime. Já a defesa do acusado sustentou, nas alegações finais, que ele cometeu o ato "sob efeito de violenta emoção, perdendo o controle de suas faculdades emocionais e psicológicas em decorrência das agressões sofridas anteriormente pelas desavenças com a vítima".

O enteado Leandro Batista de Souza, que teria segurado a vítima durante a agressão, também foi denunciado, mas não será julgado nesta quarta porque o seu processo foi desmembrado (separado) do de Cícero Pereira dos Santos.

O caso

"Mary Montilla ou Peu" foi morta por dois homens ao sair de um bar no bairro São Cristóvão, em Palmeira dos Índios, em agosto de 2017. Conforme relato de testemunhas à Polícia Militar, Mary Montilla saiu do estabelecimento e foi perseguida pelos algozes, que a atingiram com várias facadas pelo corpo, sendo dois na região do pescoço, com a vítima vindo a óbito no local da ocorrência.

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