DivulgaçãoOs erros mais comuns ao oferecer as papinhas ao bebê Todo SegundoDr. Mauro Fisberg Um dos principais problemas que temos em alimentação é a introdução de alimentos complementares quando fazemos a passagem do aleitamento materno ou outras formas lácteas, exclusivo, após os seis meses de idade do bebê.
Se o leite materno, sozinho, foi suficiente para manter um excelente crescimento e desenvolvimento, por todo este tempo (um semestre da vida da criança), neste segundo momento, precisaremos de fontes extras de energia, vitaminas e minerais. Surge então a necessidade de introduzir outros alimentos. E as dúvidas aparecem?
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Uma delas, que sempre nos perguntam, é se podemos oferecer papas antes dos seis meses de idade. E a resposta é simples: Depende! O pediatra irá avaliar uma série de processos: o crescimento e a velocidade de ganho de peso e estatura, a quantidade de urina, se o bebê está evacuando adequadamente, se o sono é suficiente e o humor.
Portanto, além dos aspectos alimentares, precisamos discutir as condições praticas, como o retorno da mãe ao trabalho, a possibilidade de manter a amamentação exclusiva, o tamanho do bebê. E o pediatra deve orientar a família para a melhor conduta. De qualquer forma, tanto a Academia Americana de Pediatria como a Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica tem como padrão para a introdução de alimentos, o seguinte lema: nunca antes das 16 semanas e nunca mais tarde do que as 24.
Quanto ao tipo de papa, em nosso meio, o habito de introduzir inicialmente sucos de frutas e depois a papa de frutas é uma condição comum. No entanto, a Sociedade Brasileira de Pediatria, por meio de seu departamento de Nutrologia, não recomenda o uso de sucos de frutas e sim a oferta da fruta sob a forma de papas, raspadas, amassadas ou sob outras formas.
A recomendação de iniciar a primeira papa (antes chamada de papa salgada ou de sal), está baseada nos problemas nacionais: anemia, prevenção da obesidade e da desnutrição.
Assim, hoje a proposta é de se oferecer alimentos bases como cereais, arroz, batata, mandioca e massas, complementados com carnes (de vaca, porco, peixe ou frango), com menor teor de gorduras, legumes e verduras. Cada alimento é oferecido cozido, amassado ou passado em peneira grossa; de preferência não batido ou liquefeito, de forma isolada inicialmente e depois acrescentado a mistura.
Alguns pediatras orientam para papas homogêneas e outros para a oferta separada, para que a criança possa sentir texturas, sabores, odores e cores diferentes.
Outra preocupação é a quantidade de alimentos e, neste ponto, devemos tomar cuidados, já que a experiência é essencial e que o bom senso prevaleça.
Os volumes são determinados pela aceitação, não devendo haver exageros na oferta e observando a reação de cada um. O aumento deve ser gradativo e lento, sem pressa. Quanto mais tranquila for a introdução, melhor a aceitação de novos alimentos.
A neofobia ou o medo do novo é uma característica comum de todas as espécies e com a criança ocorre o mesmo. Devemos oferecer inúmeras vezes sem haver preocupação com uma recusa da primeira vez.
Devemos ter um cuidado especial com os instrumentos, ou seja, com a oferta de colheres pequenas, de diferentes materiais e com volumes adequados, temperatura correta e preparo caprichado.
Finalmente, devemos pensar em preparar o alimento com uma apresentação de bom aspecto e tempero compatível com a idade da criança e hábito da família. O básico é pouco sal, criatividade na introdução de temperos diferentes e respeito ao momento da criança em períodos de menor apetite, presença de doenças e ao emocional da família.
Do Minha Vida