Por Geovan Benjoino
Um movimento orquestrado por inconsequentes, insensatos e inconformados com a derrota eleitoral de Aécio Neves pede a cassação da presidente Dilma Rousseff, reeleita democraticamente nas urnas com mais de 50 milhões de votos. Esse mesmo movimento também defende um golpe militar, ou seja, o retorno à ditadura, ao cerceamento a qualquer tipo de liberdade, às atrocidades ao direito de viver e à violência como resposta à contestação.
Defender a cassação de Dilma Rousseff, seja por meio do Congresso Nacional ou através de um golpe militar, é retroagir no tempo e no espaço; é golpear a democracia; é pôr uma camisa de força no povo brasileiro, é apeá-lo na luta pela conquista de direitos fundamentais, como direito a casa, à educação, ao trabalho, a segurança, à saúde, ao transporte, ao esporte.
Defender o golpe é um absurdo inominável; não tem sentido nem justificativa. Tentar ludibriar; enganar a população, manipulá-la, torná-la massa de manobra e passar gato por lebre, é a mesma coisa que jogar uma cobra peçonhenta numa sala de aula e afirmar aos estudantes que a cobra não tem veneno, que eles podem e devem manuseá-la à vontade.
Na democracia pratica-se a corrupção, a hipocrisia e a violência, lamentavelmente. No entanto, existe uma diferença abismal entre democracia e ditatura.
O detalhe diferencial é que, enquanto na democracia a corrupção, a hipocrisia e a violência são registradas de forma transparente pela imprensa, na ditadura elas são camufladas e jogadas embaixo do tapete, pois a imprensa é amordaçada por uma canga, isto é, uma camisa de força. E quando algum “subversivo” ousa levá-las ao conhecimento público, ele “some do mapa levado” por forças ocultas do regime ditatorial. A voz da contestação silencia-se para sempre e seu corpo físico nunca mais volta ao convívio social.
Na ditadura o egoísmo e o ódio são alimentados e incentivados pela força indomável de seus mentores, cujos interesses sempre prevalecem sobre os subordinados. Quem não respeita a regra perde a função de viver.
A frustração, o recalque e o inconformismo de alguns não podem prevalecer sobre a vontade da maioria.
Apesar das falhas, o ser humano ainda não conseguiu criar um regime político melhor do que a democracia.
O problema é que o ser humano é egoísta, não aceita dividir a qualidade de vida com os seus pares.
Respeitemos então, o resultado das urnas. Dilma Rousseff presidente
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