Josival Menezes“Greve é motivada pela desorganização” afirma André Luiz Todo SegundoPor Roberto GonçalvesOs professores da rede municipal de ensino de Arapiraca sequem com o movimento de paralisação reivindicando 7,64 % de reajuste salarial enquanto o prefeito Rogério Teófilo (PSDB) afirma que age de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e não abre mão da sua proposta de 2,33”. Enquanto o Tribunal de Justiça de Alagoas não decide o impasse tem sequencia e o ano letivo 2017 está praticamente perdido na cidade mais importante do interior do Estado com uma paralisação que dura 74 dias.
“Se preciso for, vamos permanecer a semana inteira aqui”, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) em Arapiraca, André Luís, em entrevistas concedidas a emissoras de rádio na manhã desta terça-feira (25). De acordo com o sindicalista, o prefeito Rogério Teófilo não abre mão dos 2,33%, justificando que a Lei da Responsabilidade Fiscal não permite. “Só que já mostramos que o Fundeb [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] tem condições, basta a prefeitura se adaptar”, esclareceu.
“Quero deixar claro uma coisa, a culpa da greve não é dos servidores, mas da desorganização da educação de Arapiraca e do gestor, que está muito legalista e não quer resolver a situação”, completou o presidente. Sobre a ocupação no Centro Administrativo, André afirmou que não vai “arredar o pé” e que “vai continuar enquanto o prefeito não mudar e apresentar uma proposta”..
Desabafo do prefeitoO prefeito Rogério Teófilo após inumeros apelos, concedeu entrevista nesta terça-feira (25) por telefone, ao programa Pajuçara na Hora, comandado pelo radialista Ailton Avlis o gestor prestou esclarecimentos e pediu a compreensão por parte dos servidores grevistas, que continuam bloqueando todas as entradas do Centro Administrativo.
Teófilo, reafirmou que não tem como conceder legalmente, o reajuste exigido pela categoria nas condições financeiras em que recebeu a prefeitura de Arapiraca. “A proposta da Administração Municipal é de 2,33%, que serão pagos retroativos ao mês de abril, data base da categoria. A prefeitura não tem condições de conceder algo além disso, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal”, pontuou.
Indagado pelo radialista Ailton Avilis sobre o prejuízo causado pela ocupação dos servidores, o prefeito explicou que não é só a Educação que está com serviços e atendimentos paralisados. “Servidores responsáveis pelo fechamento da folha de julho não podem entrar para finalizar o processo, servidores da Saúde não podem dar encaminhamentos nos processos para cirurgia, servidores da Fazenda não podem dar assistência aos empresários e contribuintes de Arapiraca”, lamentou o gestor.