O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (6) acesso ao suposto processo de investigação contra ele no âmbito da operação Lava Jato. O parlamentar também pediu para ter acesso aos trechos de todas as delações submetidas ao ministro relator do caso, Teori Zavascki.
O nome de Calheiros estaria na lista enviada pelo PGR (procurador-geral da República), Rodrigo Janot, na terça-feira (3) ao Supremo pedindo abertura de 28 inquéritos contra 54 pessoas.
O pedido foi protocolado pela Advocacia Geral do Senado. Em nota, o presidente do Congresso destacou que o PGR "atropelou" diversos direitos.
No requerimento, Calheiros argumenta que o sigilo legal do processo “não impediu que notícias venham sendo veiculadas pelos jornais de grande circulação dando conta de que o presidente do Congresso Nacional estaria incluído no rol de pessoas contra quem o PGR pediu abertura de inquérito”.
Calheiros teria sido citado durante os depoimentos de delação premiada no processo que investiga um caso bilionário de corrupção na Petrobras. Na petição, o senador afirma que é de praxe que os citados tenham a “oportunidade de esclarecer previamente fatos ou insinuações que contra ele porventura tenham sido levantados”.
Calheiros disse estar "perplexo" com a repercussão na imprensa de que seu nome estaria na lista da PGR. Por fim, o presidente do Senado pediu em caráter "urgentíssimo" o acesso aos supostos trechos de todas as delações submetidas à análise de Zavascki.
A divulgação dos nomes que estão na mira da PGR deve acontecer ainda nesta sexta. A expectativa é de que 45 políticos estejam entre os citados.
Do R7
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