Alvos da delação da JBS, o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) querem usar o indiciamento pela Polícia Federal do ex-procurador Marcelo Muller para contestar o acordo firmado pelo executivo da empresa, Joesley Batista, e o ex-executivo Francisco de Assis.
De acordo com a investigação, Marcelo Miller ajudou os executivos da J&F (da qual a JBS faz parte). Mas não interferiu na produção de provas, nem orientou Joesley Batista durante as gravações espontâneas realizadas antes da autorização judicial para execução de ações controladas.
Temer e Aécio discutiram o assunto nesta quinta-feira (21). Eles se reuniram, fora da agenda oficial, na noite da quinta, na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Também passou por lá o ministro Moreira Franco (Minas e Energia).
A linha deles é a de que o indiciamento reforça a ideia de que Muller fez jogo duplo durante a negociação da delação da JBS. Portanto, querem anular as provas do acordo. Cabe ao ministro Fachin a decisão final sobre a rescisão do acordo.
Nesta sexta-feira (22), Temer vai a São Paulo conversar com o seu advogado Antonio Claudio Mariz sobre as investigações que o miram.
O presidente é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O blog procurou a assessoria do senador Aécio e a do Palácio do Planalto, mas não obteve retorno até a publicação deste post.
O presidente da Câmara disse que o jantar foi para discutir política. E que também falaram sobre a expectativa para o jogo do Brasil contra a Costa Rica.
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