Com a volta dos trabalhos do Congresso Nacional, também retornaram as especulações para a presidência da Câmara e do Senado, que serão trocadas em 2025. Se a disputa na casa baixa está divida entre três nomes, o Senado parece que tem um candidato único: Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Mas uma grande ala do MDB quer mudar isso e apostar em um nome novo para a disputa. Trata-se do ministro dos Transportes, Renan Filho, que está licenciado do cargo de senador.
Os articuladores lançaram o nome entre grupos de senadores para avaliar internamente qual a opinião da casa sobre o ministro. Nas primeiras impressões, avalia-se que Renan Filho tem menos resistências que o pai, Renan Calheiros (MDB-AL).
A ala do MDB que defende o nome acredita que o ministro deveria retornar ao Senado ainda neste ano, para não parecer um candidato de “conveniência” em 2025. Ele foi eleito senador em 2022, mas logo se licenciou do cargo para cuidar dos Transportes de Lula (PT).
Na defesa pelo nome de Renan Filho, pesa o provável apoio que o governo daria ao ministro. Só o MDB tem a terceira maior bancada do Senado, com 11 senadores. O PT tem oito, PSB, cinco. Em 2023, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi reeleito por 49 votos a 32 contra Rogério Marinho (PL-RN).
Falta convencer o PSD, de Gilberto Kassab, que tem a maior bancada do Senado. O partido deve apoiar Davi Alcolumbre, que avalizou o nome de Pacheco há três anos.
Renan Filho também teria que convencer Renan Calheiros a não disputar a presidência do Senado. O senador pai, no entanto, abriria mão da disputa, segundo os articuladores do MDB.
Renan Calheiros foi presidente do Senado por quatro mandatos: de 2005 a 2007, e de 2013 a 2017.
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