Citado como um dos nomes mais fortes à disputa pela presidência do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) recebeu apenas cinco votos. O parlamentar retirou a candidatura ainda antes do fim da votação, após crescer a pressão pelo voto aberto na Casa.
Ainda antes da votação, candidatos começaram a abrir mão da disputa para concentração de votos. Entre eles, estavam os senadores Simone Tebet (MDB-MS) e Alvaro Dias (Podemos) que anunciaram apoio a Davi Alcolumbre.
O candidato do PSL, Major Olímpio (SP), também desistiu, sem anunciar publicamente a quem a bancada do partido de Jair Bolsonaro estava orientada a votar. Ele só informou a escolha, por Alcolumbre, após a votação ter sido reiniciada devido a presença de uma cédula extra na primeira apuração dos votos.
Conflito
Após anunciar a desistência, Renan conversou com jornalistas. "O recomendável era reproduzir a votação. Eles já tinham feito o voto aberto para eles, e na segunda votação exigiram que o PSDB abrisse o voto, para inibir a possibilidade de quatro votos que nós tínhamos no partido", afirmou.
Renan citou ainda a abertura do voto por Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). "Obrigaram também ao próprio filho do presidente da República abrir o voto. Ou seja, escancarou que estão passando sob o congresso nacional com um peso enorme. Isso não pode acontecer, a democracia não aceita isso", disse.
Veja como ficou o placar final:
- Davi Alcolumbre (DEM-AP), eleito presidente: 42
- Ângelo Coronel (PSD): 8
- Esperidião Amin (PP): 13
- Reguffe (sem partido): 6
- Renan Calheiros (MDB-AL): 5
- Fernando Collor (PROS): 3
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