DivulgaçãoApós lista de Janot sucessão está em aberto em Arapiraca Todo SegundoPor Roberto GonçalvesDepois de dois mandatos de vereadora no Legislativo de Arapiraca incluindo o comando da Mesa Diretora (1988 a 1996), Célia Rocha assumiu a Prefeitura de Arapiraca em 1997. Venceu a eleição por pouco mais de 500 votos de Severino Lucio, que na época teve o apoio decisivo da então deputada federal Ceci Cunha(PSDB) O grupo de coordenadores de campanha contou com o comando do primo, Álvaro Lira, Coronel PM Silvio Brito e Adoniran Guerra . Uma aliança feita com o então deputado estadual Rogerio Teófilo foi fundamental que indicou seu cunhado, Geraldo Cajueiro, para concorrer ao cargo de vice-prefeito.
Em 2000, Célia concorreu à reeleição e saiu vitoriosa derrotando o ex-prefeito Severino Leão, com um diferença de 2x1 A aliança política com Rogério Teófilo, foi mantida que indicou o seu irmão, Ricardo Teófilo para vice-prefeito. Em 2004, já com uma união política com Luciano Barbosa, que foi seu secretário de Economia e Finanças, tendo assumido publicamente que os dois mantinham um simples namoro, e o indicou pra ser seu sucessor. Luciano venceu uma eleição fácil, diante da frágil candidatura do então deputado estadual Dudu Albuquerque.
Durante seis anos, Célia Rocha se comportou como uma aparente sensatez somente atuando nos bastidores, quando em 2008, apagou um incêndio e impediu o racha do grupo, quando Rogério Teófilo foi confirmado como vice-prefeito na reeleição de Luciano Barbosa. Em 2010, teve o ápice de sua carreira política, quando foi eleita para deputada federal com 125mil votos, obtendo quase 70% dos votos válidos de Arapiraca, se fortalecendo a grande esperança de carrear emendas pro município das regiões Agreste e sertão.
Renunciou ao mandato Em janeiro de 2012, com menos de um ano após ter tomado posse em Brasília, Célia Rocha anunciou ao lado do então prefeito Luciano Barbosa, em coletiva, que iria renunciar ao mandato para concorrer ao pleito daquele ano. Na época, Célia despontava com uma popularidade que chegada perto de 80%. Com carisma em alta, a Prefeitura pagava os salários e aos fornecedores em dia, e tinha contratos sem concurso público, com mais de 4.000 servidores, escolhidos a dedo, com viés político, como apurou e denunciou o Ministério Público.
Rocha ganhou a eleição com pouco mais de 5% dos votos válidos, sobre seu antigo aliado, Rogério Teófilo, ao assumir, teve que demitir todos os contratados irregularmente, e depois disso foi só desgaste, com demissões, atrasos salariais, paralisação de obras, desgaste de toda ordem, sendo no momento tão negativa sua popularidade quanto foi do ex-prefeito Severino Leão em seus últimos anos de governo.
Na disputa pela reeleição, Célia Rocha vai enfrentar uma tempestade política que poderá ser perfeita, pois, a crise econômica, o envolvimento do seu maior aliado, senador Fernando Collor (PTB) em abertura de inquérito na chamada lista do Janot, no Supremo Tribunal Federal – (STF) na operação Lava Jato, a perda do carisma e o abandono dos aliados, pode provocar um um efeito político que mesmo mantendo sua candidata única, não conseguiria os 50% necessários, segundo avaliação seu antigo aliado Adoniran Guerra, que tem pretensões de disputar a Prefeitura em 2016.
PMDB desmotivado O PMDB do vice-governador mantém-se calado, pois tem o vice-prefeito Yale Fernandes, mas seu quadro com maior densidade eleitoral é o deputado estadual Ricardo Nezinho (PMDB) O deputado estadual Tarcizo Freire a surpresa da eleição de 2014, está num partido controlado pela família Calheiros o PSD e portanto, não tem sequer a condição de se lançar candidato a prefeito de Arapiraca já que teria que contar a bênção do governador Renan Filho, que nunca sequer o recebeu em audiência.
Já a oposição, está totalmente esfacelada, após uma ótima performance Rogério Teófilo em 2012, não teve como administrar seu grupo e em 2014, cada um foi pra um lado, o ex-vereador Júlio Houly, foi candidato a deputado federal apoiado por Ricardo Barreto, desta forma todos saíram perdendo. Para os analistas políticos o caminho para a sucessão de Célia Rocha está em aberto A gestora talvez vivencia o seu pior momento político, muito dos seus aliados de 2012 já pularam do barco. A equação política está em aberto e tudo pode acontecer. “O tempo será o senhor da razão”.