ReproduçãoApós vaias em escola, Paulo Dantas reafirma que educação é “principal prioridade”

Um dia após ser vaiado por servidores da educação, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), afirmou nesta quarta-feira (30), que a educação segue como prioridade da sua gestão. “Quero dizer que a educação vai continuar sendo a nossa principal bandeira, a nossa principal prioridade”, declarou.

Segundo o governador, essa prioridade está refletida no orçamento do Estado. “As prioridades de um governo se materializam por meio do orçamento. Se você tem um orçamento de 100% e destina mais recursos para uma área do que para outra, isso significa que aquela área está sendo tratada com mais importância. Na prática, a gestão funciona dessa forma.”

Dantas concluiu reforçando o compromisso do governo com o setor: “Estamos destinando mais recursos do nosso orçamento para a educação porque ela é, de fato, prioridade.”

A fala ocorre em meio à repercussão da recepção hostil sofrida por Dantas na manhã da última terça-feira (29), durante a entrega do novo ginásio poliesportivo da Escola Estadual Professor Edmilson de Vasconcelos Pontes, no bairro do Farol, em Maceió.

Mesmo com tentativas de restringir o acesso de manifestantes, integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) conseguiram entrar no evento e realizaram um ato com cartazes, bandeiras e palavras de ordem. As reivindicações incluíam o reajuste salarial de 10% para a categoria, valorização profissional e melhorias na rede estadual de ensino.

Durante a saída da solenidade, o governador, que estava acompanhado da secretária de Educação, Roseane Vasconcelos, e do deputado federal Rafael Brito (MDB), foi vaiado por professores e estudantes. O grupo o chamou de “fujão” ao deixar o local sem dialogar com os manifestantes.

Ainda como forma simbólica de protesto, alunos que participaram da programação cultural da inauguração fizeram uma apresentação de dança de costas para o palco. Outras atividades previstas para o evento foram canceladas.

O episódio expôs o clima de insatisfação de parte dos profissionais da educação estadual, que cobram do governo não apenas o reajuste salarial, mas também respostas efetivas às demandas estruturais das escolas.

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