Por Geovan Benjoino
A Assembleia Legislativa de Alagoas é a mais sucateada do Brasil, segundo o jornalista Estevão Bertoni, autor de uma reportagem publicada recentemente no jornal Folha de São Paulo. O texto expõe o descaso vivido há muito tempo pelo órgão máximo do legislativo estadual.
A “miséria” vivida pela Assembleia Legislativa contraria a vida nababesca de seus legisladores. Enquanto a pobreza franciscana foi registrada pela reportagem, os deputados estaduais exibem luxúria, poder e mordomia numa afronta ao ínfimo poder aquisitivo do povo alagoano.
Até recentemente o visitante que precisasse usar o sanitário da Assembleia, não dispunha de nenhum papel higiênico, que foi posto agora devido a campanha eleitoral. O órgão não dispõe de linhas telefônicas fixas, que possam interagir com a coletividade para tratar de assunto de interesse de Alagoas.
A biblioteca, que se localizava na parte superior da Assembleia, foi silenciosamente fechada há muito tempo, num desrespeito aos valores culturais, literários e científicos.
O público ledor poderia ter uma opção para pesquisar ou se deleitar com o mundo da leitura na biblioteca do legislativo de Alagoas, mas lamentavelmente o dinheiro que deveria ser investido em livros, revistas, jornais e periódicos toma outro rumo, que desconhecemos.
“Penúria”
O diretor de apoio legislativo revelou que, mês passado, por falta de dinheiro, a equipe de expediente levou duas empregadas para promover a faxina geral da Assembleia.
O quadro lamentável vivido pela Assembleia Legislativa de Alagoas, exibido pela reportagem, pode ser tudo, menos por falta de recursos financeiros.
O poder legislativo alagoano recebe mensalmente R$ 12 milhões; dinheiro que, devidamente investido, promoveria excelentes resultados em qualquer área do serviço público.
A “penúria” da Assembleia Legislativa alagoana clama por legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência; princípios norteadores da administração pública direta e indireta, segundo o artigo 37, da Constituição da República Federativa do Brasil.
Ah! Desculpem-me! Lembrei-me que a prática se distancia anos-luz da teoria.
E-mail: [email protected]
Telefone: 3420-1621