Por Geovan Benjoino
O presidente estadual do PSDB e candidato a deputado federal Pedro Vilela apóia Júlio Cesar, postulante do seu partido, o PSDB, ao governo de Alagoas, apesar de participar com certa frequência de carreata com Renan Filho, do PMDB, candidato a governador.
Segundo a jornalista Patrícia Pacífico, o candidato Pedro Vilela é apoiado por lideranças políticas de todos os 102 municípios alagoanos. Vários prefeitos e outras lideranças que apóiam Pedro Vilela apóiam também Renan Filho. Por conta disso, as lideranças solicitam a participação do candidato a federal na carreata ou numa reunião do candidato peemedebista ao Governo de Alagoas.
“Pedro Vilela participa de carreata com Renan Filho e já até participou de reuniões com Benedito de Lira, mas nunca pediu voto para Renan nem para Biu, porque ele vota e apóia Júlio Cesar”, enfatiza Patrícia Pacífico, assessora de comunicação de Pedro Vilela, que foi secretário de Esportes de Maceió e é sobrinho do governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho, de quem tem recebido fundamental apoio político.
Confusão
O estudante Joaquim Gomes, de Palmeira dos Índios, disse que apesar de o Brasil ser um país democrático, ele continua não entendendo a posição de Pedro Vilela de ter o seu candidato, no caso Júlio Cesar, e acompanhar Renan Filho em sua campanha eleitoral ao governo alagoano.
“Por mais que tentem explicar, minha cabeça não consegue entender essa posição divisionista do candidato Pedro Vilela, que afirma que vota no candidato do seu partido, mas participa de eventos políticos do candidato adversário”, ressalta Joaquim Gomes. “Dizem que na política até boi pode voar; talvez resida aí, a explicação para muitos casos que acontecem no mundo político”, enfatiza o estudante.
A professora aposentada Sandra Santos disse que o eleitor é livre para participar de caminhada ou evento de qualquer postulante a um cargo político-eleitoral, mas o candidato proporcional, mesmo desconsiderando a questão ideológica, tem que se posicionar em prol do companheiro que participa de uma eleição majoritária.
“Se eu, por exemplo, sou candidata a deputada, eu tenho o dever político de assumir de forma total a candidatura do companheiro que está pleiteando o cargo de governador”. Ressalta Sandra Santos. “Numa campanha eleitoral não existe meio termo: ou você está a favor ou está contra. Eu não posso afirmar que estou com um candidato e horas depois discursar ao lado do adversário do meu candidato”, conclui a professora.
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