DivulgaçãoCÃcero Almeida entre os recordistas parlamentar por trocar de partidos Todo SegundoPor Bernardino Souto MaiorQuase um quarto dos deputados eleitos em 2014 já trocou de partido pelo menos uma vez desde o início deste mandato, aponta levantamento feito pela Folha. O alagoano Cícero Almeida se encontra entre os seis parlamentares recordista em troca de partido. Só este ano passou por três partidos.
Dos 513 ocupantes das cadeiras da Câmara, 124 foram alçados ao cargo em legenda diferente daquela a que hoje pertencem, segundos dados da Casa. Ou seja, 24% dos parlamentares atuais.
No total, foram 168 movimentações até 15 de agosto. A discrepância se dá porque alguns trocaram de legenda mais de uma vez.
Seis deputados já acumulam três mudanças na 55ª Legislatura, que começou em 2015 e vai até o início de 2019: Major Olímpio (SD-SP), Hiran Gonçalves (PP-RR), Cícero Almeida (Podemos AL), Macedo (PP-CE), Adalberto Cavalcanti (PTB-PE) e Valtenir Pereira (PSB-MT).
Destes, só o parlamentar alagoano não passou pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira), epítome do que os troca-trocas podem acarretar. O partido, nascido no fim de 2015, conseguiu filiar 25 deputados, a maioria no primeiro mês de existência da sigla.
Um a um, eles foram deixando a legenda. O último dos peemebistas, Weliton Prado (MG), deixou o partido em agosto para integrar a bancada do Pros. Antes, ele havia pertencido ao PT.
O tamanho da bancada federal é importante para um partido porque é ele que determina o acesso ao dinheiro do fundo partidário e seu tempo de televisão e rádio.
O fundo é distribuído de duas formas: 5% entre todas as legendas, e os outros 95% repassados proporcionalmente aos votos recebidos na última eleição da Câmara. O PMB, com sua bancada atual de zero deputados, pleiteia na Justiça que o rateio seja feito com base nos deputados que se filiaram a ele no meio do mandato, o que lhe daria, só em 2017, mais de R$ 7 milhões do fundo.