A ideia de alguns parlamentares do PT de apoiar o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), para a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2021 causou alvoroço interno na legenda. Lira é o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o pleito e se reuniu, na última semana, com os líderes da esquerda em busca de apoio.
E políticos da agremiação dizem que “absurdo” é pouco para classificar esse tipo de posicionamento de alguns membros da sigla. Com isso, a ideia é acelerar a articulação para apresentar um nome para a disputa. O intuito é unir a oposição em torno de um só nome.
O PT é a sigla que tem a maior bancada, com 54 deputados, e um dos ventilados é o de Paulo Pimenta (PT-RS), que possui bom trânsito com as diferentes alas do Legislativo. Mas, Lídice da Mata (BA) e Alessandro Molon (RJ), ambos do PSB, também são lembrados.
Um dos que se mostraram descontentes com essa negociação foi o deputado federal mineiro Rogério Correia. Ele diz que “é um erro histórico, um pragmatismo injustificável para militantes de um partido de esquerda com princípios democráticos e socialistas”.
“Infelizmente, existem dirigentes do PT nacional que defenderam essa tese de fazer um acordo dependendo do que se teria em troca de uma plataforma e de espaços políticos. Mas são poucos, minoria dentro da direção do PT. E a reação tem sido muito negativa", afirmou.
Lira hoje é o principal desafeto do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O atual chefe do Legislativo tenta encontrar um nome de consenso no grupo que conta com DEM, PSDB, MDB, PSL, Cidadania e PV. Eles também tentam o apoio da oposição.
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