A maior parte da população brasileira é contra o atual sistema eleitoral do voto obrigatório. Para 56% dos entrevistas pelo instituto Datafolha , o voto não deveria ser obrigatório, outros 41% são favoráveis à imposição de medidas que obrigam o cidadão a votar. 1% dos entrevistados não souberam responder e 1% se disse indiferente ao tema. Ao todo, 2016 brasileiros foram ouvidos, entre os dias 8 e 10 de dezembro, por telefone em todas as regiões do país. A margem de erro oscila entre 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A rejeição à obrigatoriedade do voto caiu em relação ao último levantamento realizado pelo instituto, em 2015, quando identificou 66% da população contrária. Em 2014, a maioria dos eleitores também se dizia contra a obrigação. Em 2010, no entanto, favoráveis e contrários à medida se dividiam igualmente entre 48% dos eleitores.
Segundo o Datafolha, apenas em dezembro de 2008 foi possível observar a vantagem dos defensores do voto obrigatório sobre os detratores, naquele momento eram 53% os que defendiam a obrigatoriedade, ante 43% contrários.
Nas eleições municipais de 2020, os níveis de abstenção superaram a média histórica. No primeiro turno, 23% dos eleitores não compareceram às zonas eleitorais, já no segundo turno, 29,5% dos brasileiros optaram por não votar. A maior taxa de não comparecimento foi observada entre os jovens de 18 anos. Vale destacar que a justificativa do voto pôde ser realizada por aplicativo de celular, facilitando o processo e, em certa medida, estimulando a abstenção diante da pandemia da Covid-19 (Sars-cov-2).
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