A senadora Simone Tebet (MDB-MS) vai assumir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. A vaga foi prometida ao partido após a eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) como presidente do Senado.
As presidências das comissões do Senado são distribuídas por proporcionalidade das bancadas. Dessa forma, o MDB, que tem o maior número de senadores na Casa, vai assumir o principal colegiado do Senado. No total, a sigla tem 12 parlamentares.
Simone havia perdido para Renan Calheiros (MDB-AL) a disputa interna na bancada para concorrer à presidência do Senado por 7 votos a 5. Com a desistência de Renan durante a eleição da Mesa, a senadora ganhou mais espaço na legenda e sua indicação para comandar a CCJ era quase certa. A senadora foi confirmada na noite desta terça (12).
Resistência
Uma das forças propulsoras da candidaturas de Tebet foi a resistência que parte do grupo que levou Alcolumbre à presidência do Senado tem com o nome de Renan Calheiros. O Metrópoles mostrou que, na mesma noite que o atual presidente foi escolhido, seus aliados já articulavam o seu isolamento.
O receio era que, por integrar a maior bancada partidária da Casa, Renan poderia costurar votos para comandar a comissão. Na prática, isso poderia representar um problema aos defensores do governo de Jair Bolsonaro (PSL), já que o presidente da CCJ pode, entre outras coisas, travar votações de medidas importantes, como a reforma da Previdência.
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