02/01/2017 10:43:45
Política
Divergências adiam eleição da mesa diretora da Câmara de Palmeira
Divididos em dois grupos, chamados de G6 e G9, os vereadores estão numa queda de braço desnecessária para o povo de Palmeira
Todo SegundoDivergências adiam eleição da mesa diretora da Câmara de Palmeira
Todo SegundoPor Deraldo Francisco

Os vereadores de Palmeira dos Índios estão escrevendo uma história para ser apagada da memória do povo palmeirense. As divergências políticas e ideológicas são naturais. Elas dão a dinâmica que o mundo precisa. Mas, quando dão lugar à arrogância, prepotência e estupidez, travam a engrenagem da história. Afastam o povo e geram desconfiança.

Divididos em dois grupos, chamados de G6 e G9, os vereadores estão numa queda de braço desnecessária para o povo de Palmeira. Aliás, isso não interessa nem a eles mesmos.

O ápice da estupidez foi o confinamento num hotel, no litoral de Alagoas, dos vereadores do G9. Caro palmeirense, há coisa mais ridícula que isso? O confinamento mostra que eles não confiam nem neles mesmos. Então, em quem a população vai confiar? Uma presepada do tamanho do mundo. Isso, inclusive, já tinha sido abolido em Alagoas. Que vergonha!

O vereador Júnior Miranda, que já foi presidente da Casa quer ser o presidente de novo. Desarmado, o prefeito Julio Cezar confiou a ele a missão de organizar a eleição da Mesa Diretora em torno do nome do vereador Agenor Leôncio, seu [do prefeito] companheiro de partido.

Não deu certo. Júnior Miranda se organizou e virou o jogo. Trouxe para o lado dele mais oito vereadores, sabe-se lá sob quais argumentos. Outra presepada. Ele lidera o G9, que é formado por oito vereadores novatos, inclusive ele, e apenas um reeleito, Fábio Targino. Aliás, este último foi defenestrado do grupo apoiador de Julio Cezar.

No G6, liderado por Agenor Leôncio ficaram dois vereadores reeleitos (contando com ele) e mais quatro novatos. Agenor estava perdendo a eleição da Mesa Diretora para Júnior Miranda, mas, na última sessão de 2016, uma manobra proporcionou uma mudança no Regimento Interno.

A manobra foi articulada pelo ex-vereador Dr. França, que conhece bem a Casa e convenceu, sabe-se lá sob quais argumentos, o então presidente Salomão Torres a convocar a sessão extraordinária. Na extraordinária, o Regimento alterou para dez [que era de nove], o número mínimo de vereadores presentes à sessão para eleição da Mesa Diretora. O G9 só tem nove. O G6 só tem seis. Quando esses grupos vão se encontrar para escolher a Mesa Diretora? Que presepada! A manobra do Dr. França foi de quem entende das coisas, mas não ajudou ao Parlamento. Só apimentou ainda mais a confusão.

E o prefeito Julio Cezar fica no meio dos dois grupos. Praticamente, ele já jogou a toalha na defesa do companheiro Agenor Leôncio. Hoje, prefere a “independência da Câmara” na escolha da Mesa Diretora.

Vale lembrar que são dois mandatos nos biênios 2017/2018 e 2019/2020. Ou seja, um mandato para cada grupo. Já que existe a ambição dos dois lados. Como Agenor Leôncio é o candidato reeleito e apresentou primeiro o seu nome, seria natural que fosse ele o escolhido, contemplando o G6. No segundo mandato, Júnior Miranda - que entrou no ônibus agora e já quer sentar na janela - conquistaria o tão sonhado cargo, contemplando o G9. Pronto, estaria tudo resolvido. Deve ter muito interesse nisso.

A população de Palmeira dos Índios deve estar atenta – porque a imprensa vai estar – sobre o que impede este entendimento.

Vereadores, parem com esta presepada!

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