Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 32 partidos políticos brasileiros, 16 têm seus presidentes nas eleições. Desse grupo, doze recebem mais recursos do Fundo Eleitoral no comparado aos candidatos da mesma legenda e que disputam pelo mesmo cargo em seus estados. A ex-senador por Alagoas, Heloísa Helena (Rede), e atual candidata a deputada federal pelo Rio de Janeiro, foi a que mais recebeu repasses.
De acordo com o TSE, dos presidentes, Heloísa Helena recebeu no total, R$ 1.376.000 em recursos públicos para a promoção de sua candidatura – valor limite estabelecido pela Justiça Eleitoral para o cargo. Por outro lado, um filiado ao Rede recebeu cerca de três vezes menos do que ela para a mesma finalidade. Os dados correspondem às informações de divulgação de candidaturas e contas coletadas até a última terça-feira (27).
Entre os presidentes candidatos, disputam por uma vaga na câmara dos deputados os dirigentes do Partido Progressistas (PP), Partido dos Trabalhadores (PT), União Brasil, Republicanos, Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Social Cristão (PSC), Podemos, Avante, Rede Sustentabilidade (REDE) e Solidariedade.
Ainda, com base nas informações, constata-se que os repasses do fundo para os dez candidatos superam em ao menos 50% a média de suas siglas. Mas não é apenas entre estes concorrentes que ocorrem as disparidades, mas também na corrida por uma cadeira no senado e na Assembleia Legislativa.
Repasse para campanhas
Para as eleições deste ano, as campanhas políticas receberam R$ 4,9 bilhões, valor distribuído entre as 32 legendas. Destas, o União Brasil é o maior beneficiário com mais de R$ 750 milhões para suas candidaturas; seguido por PT, com pouco mais de R$ 500 milhões; e por MDB, com R$ 363,2 milhões. Desde o pleito de 2018, o mecanismo existe para substituir as doações empresariais, proibidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015.
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